Mares de Araterre - Parte 4a - Na taverna

Relembrando a primeira mensagem :

https://arenagurps.forumeiros.com/t35-mares-de-araterre-parte-4-em-al-wazif#551

(Em uma taverna próxima ao porto, um meio-orc e um mercador goblin bebem alguns tragos e trocam ideias, quando ouvem falar de um navio que recém-aportou na cidade, mas que aparenta estar com problemas de algum tipo.)

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ABAKUR:
Depois de ouvir os rumores remexo em minha bolsa contando os caraminguás e penso: "É... hora de arrumar um emprego.". Converso mais um pouco com o mercador e vou procurar algumas informações com os outros homens do porto sobre esse navio e que problemas são esses.

[Inflando o peito com uma postura nobre e imponente...]

Que bom que vocês estão em serviço ao Califa! Assim nós sentimos mais seguros, mais sob qual pretexto vocês pretender prender o homem? E pelo jeito por qual pretexto querem me prender? Vou ficar bem aqui na taverna, junto com meus sobrinhos, pois os senhores não podem prender alguém apenas por olhar, caso contrário todos estariam presos por pactos com o demônio em virtude da postura e aparência ao se tratar diante de Lucien Flávio de Araterre, primeiro lugar da turma de formandos da Academia de Magia de Al-Wazif!! Comerciante em Araterre, Membro do Conselho de Magia de Araterre, Louvado em Mégalos por seus trabalhos e honestidade...

[Uma dose de Lábia NH 15 para impressionar o povo com esses "títulos"]  

rebustine efetuou 3 lançamento(s) de dados D6 :

6 , 4 , 3

Jurisprudência NH 12  

rebustine efetuou 3 lançamento(s) de dados D6 :

1 , 1 , 5

(tem um bônus por se algo tão trivial assim?)

O homem lhe responde:
- o senhor é testemunha, não acusado. Pode contar o que viu e esclarecer a situação.

[Inflando mais o peito e observando o homem]

Testemunha sobre o quê? Vi que este homem [aponta o mago] no chão e este homem [aponta pro cara da espada] com uma espada. Ah, e um gato pegando fogo. Um pouco antes eu vi um clarão vindo daquele lado [aponta de onde ele viu aquela bola de fogo]. Não vi mais nada, pois estava me recolhendo e acordei com a gritaria. É só isso senhor.

Lucien:

-Mas eu já não disse isso? O que vocês querem mais? Eu tenho que trabalhar amanhã cedo!! Eu preciso dormir!! Já dei o meu testemunho!

Um dos guardas se aproxima de você e fala:
-Está decidido! Você vem conosco! E é bom cooperar se não quiser passar de testemunha a suspeito!

Fazendo cara de conformado e enfadonho.

-Se é que assim que diz a lei, eu a seguirei ("desde que não me prejudique", pensou), pois afinal, sou um goblin distinto. 

Vira-se para seus sobrinhos e diz para a janela.


-O tio já volta, tudo bem? Vão dormir que amanhã acordaremos bem cedo para trabalhar!!!

Sem muita opção, aguarda ser conduzido.

Sendo assim, todos se dirigem ao palácio do Emir, carregando o mago consigo. Chegando lá, os guardas do palácio conversam que os guardas que lhes acompanharam. Eles permitem que todos entrem, mas mais quatro guardas se unem aos quatro que lhes acompanhavam e todos entram em uma sala mais simples dentro do palácio (que é de uma grande suntuosidade, ainda mais se comparado com o estilo do resto da cidade, em geral pobre e modesta).

Um dos guardas fala.
-Esperem aqui. Vou comunicar o Emir para ele dizer o que fazer.

Após o guarda sair, Aaron fala, em arlesiano:
- Por favor! Só respondam o que lhes forem perguntado. Só se dirijam ao Emir se ele lhes dirigir a palavra. Não se exaltem, não se ofendam. E se puderem, não digam nada.

Ao que Jean lhe pergunta, também em arlesiano:
- O que está acontecendo? Estamos presos ou algo assim? O homem que derrubei era importante?

Lucien

Sabido como é, procura ficar quieto. Mas goblin como é, sabe que não vai conseguir ficar quieto muito e tempo e dispara:

"E minha presença aqui? Preciso trabalhar amanhã!! Preciso dormir!!"

Aaron responde a Jean e o ignora:
- Evitar sermos presos é o que eu pretendo! Mas é bom esclarecer porque fomos atacados. Temos muito chão até o navio, e não quero ser alvo de outro ataque.

Assim que ele termina de falar você ouve alguém falando "droga".
Você olha instintivamente e vê que foi o mago que acordou e se sentou e agora olha ao redor tentando se situar.

Lucien

Cruzando os braços e fazendo cara de enfadonho, ele procura um lugar para se acomodar e pensa: "está na hora de ficar bem quieto e não falar nada".

O mago olha em volta com ares de preocupado:
-Onde está Thomas?

Então se levanta de forma ainda cambaleante:
- Se vocês fizeram algo com ele vocês vão pagar.

Lucien.

Vira-se para o mago e diz: -Olá amigo, acordou?

Enquanto você fala com o mago, Aaron fala com um dos guardas, em árabe, se referindo à fala do mago:
- Guarda isso soou como uma ameaça para mim.

O mago tenta se colocar de pé e olha para o guarda, falando em árabe:
-Isso só é uma ameaça se vocês fizeram algo a Thomas, meu gato!

Então ele (o mago) se acalma um pouco e pergunta:
-Cadê ele? Onde estou e porquê?

Aaron se vira para o mago e fala em árabe e em em tom severo:
-Você está no Palácio da Justiça, onde está prestes a ser julgado.

Lucien, falando em árabe polido e tentando entender a situação

-Julgado por qual crime?

O mago, com cara de espanto, fala quase ao mesmo tempo que você:
-Julgado? Mas pelo quê? O que eu fiz?

Então o mago olha pra você e pergunta novamente:
(em árabe)
-Sim, sou acusado do quê?

O homem se dirige a você e ao mago:
- Deverão explicar ao Emir por que a comitiva dele foi atacada em praça pública.

De repente o mago, fazendo cara de surpreso aponta na direção do outro homem e fala:
-Se você não acredita em min, pergunte para a pessoa que me derrubou se eu o ataquei, eu apenas me defendi.

O homem responde ao mago:
- Meu senhor, eu não sou O Emir.

O mago responde:
-Eu sei, mas é bom que saiba a verdade também, ou você é conivente com a injustiça?

O homem que havia atacado o mago então diz:
- Tudo o que sei é que quase fui atingido por uma bola de fogo e um felino em chamas tentou arrancar-me os olhos. O senhor estava gesticulando em minha direção e murmurando palavras de sortilégio. Nega que tenha tentado nos incinerar com bruxaria? Se isso for provado e realmente for inocente, lhe pedirei pessoalmente desculpas. Mas se tentou fazer isso, fui EU que estava me defendendo. E nunca luto, a não ser para defender minha vida ou a de alguém próximo de mim.

Com um tom mais calmo, o mago responde ao homem que o havia atacado:
-Meu amigo, você se confundiu com o que aconteceu. Eu apenas falei em arabe e como sou de gesticular enquanto falo, você achou que eu estava tentando lançar magias sobre você. Eu sei falar várias línguas, se quiser, eu posso mostrar.

Então o primeiro homem fala:
- Mas não havia mais ninguém lá.

E o mago responde:
-Uè, e por acaso magicas são só de perto? Que eu saiba, magicas podem funcionar que nem flechas ou outras coisas arremessadas. E antes que perguntem, eu sei disso pois sou um homem com bastante estudo e alguém que viajou bastante.

O homem que havia atacado o mago responde:

- Nesse caso, minhas desculpas... mas a situação é mais séria do que parece. Não conheço nada de magia, mas imagino que ALGUÉM lançou aquelas chamas infernais entre nós. Isso no mínimo gerou confusão e luta. E agora estamos todos aqui. Quem fez isso? E com que propósito? Não tem aí uma bola de cristal para saber a resposta? Não pode chamar seu amigo, Le Diable, e perguntar a ele, Monsieur Sorcier?

O mago fica confuso:
-Le diable? Monsieur Sorcier? Quê?

O primeiro homem responde (em árabe):
- Ou foi você ou você sabe quem foi. É simples. Os Guardas são testemunhas. E também foram atacados. São tão vítimas quanto nós de tal agressão! Em ambos os caso o senhor age contra os interesses do Califa e do Emir, já que nos atrapalha em nossa embaixada nesse país além de ter atacado ou omitir quem atacou a nós e a guarda da cidade, representantes leais e legais do Emir, que o servem com honra e presteza.

O mago olha para o homem com cara de bravo e responde em árabe:
-Olha, não fui eu e não sei quem foi. Eu fui até vocês para ajudar, já que estava em meu quarto na taverna e vi um clarão (o mesmo que viste da janela), achei que fosse uma explosão ou algo assim então fui ajudar. Vocês que chegaram me atacando. E como infernos eu estou atrapalhando sendo que vocês que me trouxeram para cá e me prenderam. E outra coisa meu caro, esse felino do qual você falou, deve ter sido meu gato, Thomas, que deve ter sido afetado pelo mesmo ataque que vocês sofreram e eu não sou louco, nem idiota e nem tenho motivo para atacar vocês ou quem quer que seja, muito menos de uma maneira que possa ferir meu gato.

o homem responde:
- Diga isso ao Emir e aguarde o julgamento dele.

O mago responde:
-Falarei, mas podem me dizer onde estou? E me trazer pelo menos água.

uma nova voz responde, também em árabe:
-Eles lhe darão água quando e se eu ordenar.

Você olha para a porta instintivamente e vê um homem em vestes luxuosas de seda e com um belo turbante na cabeça e vários anéis. Ao lado dele um outro homem, com boas vestes, mas bem menos luxuosas e mais dois guardas grandes e bem armados.

-Quem são vocês e porque perturbaram o meu sono?

O homem ao lado repete tudo em ânglico:
-Eles lhe darão água quando e se o Emir ordenar. Quem são vocês e por que perturbaram o sono do Emir?