Mares de Araterre - Parte 4b - Os serviçais

Relembrando a primeira mensagem :

https://arenagurps.forumeiros.com/t35-mares-de-araterre-parte-4-em-al-wazif#551

Marinus permanece no porão descascando batatas junto com o garoto clandestino.

Depois de um bom tempo, o garoto, colega de porão de Marinus, cansado de descascar batatas em silêncio, tenta puxar assunto.
-E aí? Qual a sua história? Porque está aqui descascando batatas?

Você se dirige pra rampa do navio.
Katraka lhe pergunta:
-Onde você vai?!

Marinus:
- Eu preciso ver isto Katraka, não importa se terei problemas depois mas eu preciso ver isto katraka!

E marinus sai meio correndo, meio pulando pela rampa do navio em busca da origem do que o impressionou e atiçou seu extinto de aventura.

(Marinus quer ser extinto! Huahuahuahua!)

Você corre pela rampa. Você tem impressão de ter ouvido Katraka falar "mas..." ou algo assim, como tentando deter você sem sucesso, porque você saiu muito rápido. 

Você passa pelos homens do porto e se vÊ de frente para o beco escuro para onde Katraka apontou e onde você viu o clarão ígneo.

Marinus:
Eu me detenho por alguns segundo em frente ao beco, olho para os dois lados dele para me localizar e sigo em frente mais lentamente, tentando ouvir barulhos a minha volta.

Você anda uns dois quarteirões e então ouve vozes masculinas à frente.

Marinus:
Começo a correr e paro quando chego bem próximo das vozes, dai tento ir o mais naturalmente o possível para perto delas, tentando não chamar a atenção para mim.

Você vê ao longe na penumbra um grupo de homens mancando, se movendo lentamente, aparentemente feridos. Entre eles alguém que parece ser a elfa (as vestes são similares, mas está longe, é difícil perceber direito as feições).

Marinus:
Ao ver a elfa me sinto impelido a correr para ajuda-la, mas como vejo que está acompanhada exito alguns segundos para olhar direito as outras pessoas e depois corro em sua direção, parando em sua frente pergunto:
-O que aconteceu? Deixe eu lhe ajudar!

Ela franze a testa como em um esforço e então fala:
-Oh sim, acho que você é o rapaz que o monsenhor contratou para a limpeza do navio, não? O que faz aqui? Você tem sorte de ter nos encontrado em vez de algum bandido.

Marinus:
-Eu vi parte da luta do navio e vim a procura de vocês, achei que poderia ser útil, o que houve? em que posso ajudar? Não precisa de apoio até chegar ao navio novamente?

Um dos homens eis que, ajeitando o desmaiado colega que ainda está carregando, Yin fala:

-"Vejo que se conhecem, menos mal. Enfim uma graça de Allah nesta noite. Aceitamos sua ajuda sim, mas vamos sair daqui logo, há muitos bandidos à espreita e eu não estou a fim de lutar uma quarta vez hoje."

Olhando mais de perto você observa que são 4 homens, além de Alasse. O que falou com você está bem ferido. O homem que ele carrega mais ainda. Junto com eles está um homem grande e forte (tipo um homem forte de circo), que carrega um machado ensanguentado, mas que está muito ferido e que parece se locomover por pura força de vontade. O outro homem e a elfa também estão razoavelmente bem feridos. Todos estão praticamente se arrastando de dor e se esforçando para chegar ao porto, ainda mais carregando um colega desmaiado.

Marinus:
Vou na direção do homem que falou comigo e pego o desmaiado de seus braços (se aguentar, ST 12).
-Vamos direto para o navio agora?

O homem lhe deixa levar o amigo (vou supor que consegues levar, não vou fazer contas) e responde:
-Qualquer lugar longe daqui é bem vindo! Se seu navio puder prover cuidados aos nossos ferimentos, podemos ir para lá sim.

Marinus:
Nesse momento me recordo que eles não fazem parte da tripulação (pelo menos creio que Marinus ache isso) e penso se não seria repreendido por levalos, mas como já fiz a oferta, eles estão muito feridos e a elfa é do navio, mostro o caminho até lá e os ajudo a chegar.

O grupo a duras penas avança e, após muitos minutos, chega ao porto, onde todos olham o grupo. Alguns com surpresa, outros com um olhar de desprezo e um outro grupo ainda ri da situação. Ao olhar para o navio, você vê no convés Katraka, monsenhor Baptiste, O capitão Bernoulle e mais uns três marinheiros olhando para vocês ao longe. Serão mais alguns minutos se arrastando pelo porto até chegar ao navio.

O homem que estava carregando o homem que você agora carrega, inspira e fala:
-"Ânimo, amigos, estamos quase lá!"

Então, ele olha para você e diz:
-"Sou muito grato pela sua ajuda, rapaz. A propósito, eu sou Yin Ballal."

Marinus:
-Prazer Yin, me chamo marinus e ajudarei ainda no que for possível, já recebi muita ajuda nos meus momentos ruins da minha jovem vida e tenho de fazer o mesmo que fizeram a mim.

Quando chego mais próximo do navio grito para katraka pedindo ajuda.

Então os três marinheiros e Katraka descem para checar o estado de vocês (principalmente o da elfa).
Um deles pergunta:
-O que aconteceu?

Yin responde:
-"Bandidos! Posso entrar em detalhes depois, mas agora minhas preocupações são com o estado dos demais. Por favor, ajude-os!"
(Você observa que, embora outros,como aquele que você carrega e o fortão estejam em estado mais grave, Yin também está bem ferido).

Marinus:
Não falo nada, apenas subo a rampa do navio e procuro um lugar onde possa deixar o ferido.

Marinus e um dos marinheiros sobem com o desmaiado pela rampa. Os outros dois marinheiros apoiam Alasse, a elfa e Armin, o grandão. Yin e o outro são os que estão menos feridos no final das contas. De repente aparece um estivador correndo para perto de vocês e fala com Yin.
-O que aconteceu com vocês? Eu avisei que seria perigoso ir para os becos!

Você ouve ainda Yin responder:
-"Pô, Abud, não aparece assim de repente, me deu um susto! Eu quase te bati sem querer... não, calma, é brincadeira, não vou te bater! Volta aqui!"

-"Você tinha razão, Abud, os becos eram bem perigosos. Mas foi preciso irmos, senão podíamos nunca mais ver o Armin.... Fomos atacados por muitos bandidos e... sabe, sentimos sua falta lá, viu...

Nesse ponto você já subiu no navio e está muito longe para ouvir o resto da conversa. Um marinheiro goblin (até que encorpado para um goblin) se aproxima, apontando pra trás e a seguir pegando o homem desmaiado em seus braços.

-Deixe o rapaz comigo, o capitão quer falar com você.

Você olha pra trás e vê o capitão perto da parte frontal do navio, próximo À porta da cabine dele.

Há um pouco de sangue nas suas roupas e suas mãos, do homem que você carregou (e sabe Deus de mais quem que possa ter espirrado nele). Você se aproxima dele e ele grita:

-Venha logo marujo! Não tenho o tempo todo!

Você nota certa irritação na voz dele.

Marinus:
Apresso o passo e me ponho em sua frente da maneira mais reta o possível e tento dizer com firmeza:
-Sim senhor! Em que posso ajudá-lo?

Ele fala, com uma voz mais calma, mas uma expressão ainda dura.
-Marujo, me explique novamente o que você veio fazer aqui no navio?

Marinus:
-Senhor, perdão pelo que fiz agora, eu vim trabalhar no que quer que me seja mandado, não vim aqui para sair do navio e ajudar pessoas machucadas mesmo que dá tripulação, por favor me desculpe por está falta -depois de uma pausa- prometo que não repetirei, só fiz por impulso de ajudar.

-Sim. Depois falarei com a senhorita Alasse, que também não deveria ter saído do navio. Me diga senhor Marinus. O senhor sabe pegar em uma espada? Sabe fazer um curativo? O que o fez achar que seria de alguma ajuda sozinho contra bandidos? Se você achava que a senhorita Alasse estava em perigo ou você deixava ela arcar com as consequências de seus atos ou avisava alguém do navio para cogitarmos enviar uma equipe de busca ou acionar as autoridades locais. Mas sair assim? Não quero perder homens levianamente. Você viu como aqueles homens estavam. Não faça mais isso, estamos entendidos? E se está procurando problemas, pelo menos treino com alguns dos homens para estar preparado. Será bom mais um braço se encontrarmos piratas no caminho.

Ele respira um pouco e dempois emenda.
-E esses homens que o senhor trouxe para dentro do barco, quem são?

Marinus: 
-Aqueles homens foram mais um erro meu senhor, como eles estavam com a elfa eu os chamei, acreditei que seriam talvez da tripulação ou de boa índole por estarem com ela.