Os Bons e os Dedicados

Relembrando a primeira mensagem :

A vida no Brasil tem sido bem legal.

Embora os colegas da escola lhe chamarem de "Muchacha" no começo tenha sido irritante, sacudir uns colarinhos aqui e ali garantiram que você impusesse certo respeito. Dentro de um tempo curto já havia se integrado com algumas panelinhas e seu entusiasmo os impulsionou a abrir uma gibiteca, relativamente bem frequentada, dentro das dependências do colégio.

Marcos tem feito do QG da polícia sua casa e sua presença é cada vez mais rara, apesar de sempre manter contato telefônico. Detalhes sobre sua missão permanecem um mistério.

As atividades de luta contra o crime estão em alta na vizinhança, as capas do Meia-Hora estão lotadas de fotos de bandidos estropiados e manchetes debochadas em sua maioria pivetes e traficantes sem muita expressão. O jornal até  inaugurou a página "Sem Morcegação" onde publica cartas de leitores queixosos de sinais de violência.

Esses dias algo lhe perturbou muito: uma menina foi parar no hospital (alega-se que o motivo foi seguir o exemplo da Chiroptera) após ter causado um acidente automobilístico de grandes proporções e ser a única sobrevivente. Seu nome é Clara Câncio e de acordo com informações ela está no Hospital Geral de Bonsucesso.

Esse assunto tomou o colégio e você está indo visitá-la.

-Sim... não. Eu não sei bem o que aconteceu para falar a verdade
Ando até ela
-Qual o seu nome, se me permite saber.

Clara escreveu:

Ah! {pigarro} Shou Clara, prazjer!

Olhou pra você por de trás daquelas lentes e sorriu largamente mostrando seus dentes com aparelho.

-Clara Câncio?
Falo um tanto surpresa

A face da menina se transfigura de meiguice e simpatia para puro pavor

Clara escreveu:

Errr... O que? Quem é vo...?

Eu... De onde você m... {pigarro} conhece a... ela?

Ela aperta aquele casaco contra o corpo

[Rola Per]

Per 16

(Esqueci de botar o valor na rolagem)

-Eu não sei bem explicar, eu nem sei o quê está acontecendo aqui. A ultima vez que te vi você estava BEM diferente

[Você nota que tem uma luz brilhando debaixo do tecido grosso que ela ta usando, dá pra ver escapando fracamente pela trama do tecido como se fosse luz de um pisca pisca no centro do tórax dela]

Clara escreveu:

Te mandaram aqui? Como descobriram?!

Algo começa a chiar na bolsa dela, um vozerio abafado como uma rádio velha fazem ela voltar a atenção pra bolsa.

Ela treme de cima abaixo ora te olhando ora olhando a bolsa compulsivamente

- Não, ninguém me mandou aqui. Eu não sei bem como te explicar, mas eu prometo por tudo que é mais sagrado que não quero te fazer nenhum mal nem ninguém me mandou aqui.
Olho para a bolsa dela
-Acredito que alguém está querendo falar com ti.

Ela ouve e apontando dedo pra você dando passinhos relutantes pra trás, daí pega uma coisa na bolsa que parece uma caixa de bombons de tão grande, vai puxando uma antena tipo aquelas de carro (tão grande ou maior quanto) e vai mexendo num sintonizador redondo. 

As vozes ficam mais: discerníveis são pessoas conversando em espanhol.

Clara escreveu:

Xicanos malditos! Parece que é aqui mesmo...

Um brilho determinado toma seu olhar mas daí ela te olha e fica meio aflita.

Clara escreveu:

Eu poxsho! Eu conshigo!

Não tenta me deter! Não fala pra ninguém o que tu vai ver aqui senão, senão, senão...

SHAI! Por favor... Quer dizjer... SHAI DAQUI!

Essa última frase sai meio trovejante e você é arrastada cerca de um metro como se levasse um empurrão.

Ela caminha pisando duro e tirando o zíper daquele traje pesado, se esconde de sua visão ficando atrás do ponto de ônibus não sem antes atirar aquela roupa no chão

-Eu só quero te ajudar!
Corro para me esconder em algum lugar que eu ainda possa ver ela

No lugar em que você está tem uns arbustos aqui e ali.

Dá pra ver que na pressa a menina deixou um rastro de coisas que estavam dentro da bolsa, como o rádio, um fichário com a capa cheia de coisas coloridas, tem uma peruca também (!), estojo de maquiagem, e um sem-número de quinquilharias até terminar no casaco.

O rádio ainda fala a mesma coisa repetidamente: "Achamos, cabron! Passe para o homem."

Até que em um momento ele fala: "Depressa, Senhor K precisa dizer o que devemos fazer... Só sei que o troço está aqui"

Quando eu ouço isso eu paro e rapidamente recolho as coisas da menina e entrego para ela 
-Eu vou te proteger. Esse senhor K não vai fazer nada com você e nem com ninguém!

Quando você terminou de catar tudo, prestou o tal fichário meio que prendeu sua atenção.

Nele estava escrito com purpurina "Os Bons & Os Dedicados" embora uma sombra à lápis sugerisse que originalmente a intenção era escrever "Os Bravos & Os Destemidos". Uma folhada rápida e você nota que lá dentro em "bolsos" plásticos afixados nas anilhas no fichário tem recortes de jornal com os feitos creditados a Chiróptera (alguns não foram você de fato), partes estão salientadas com marca-texto e anotações em volta. Outras páginas tem um mapa rodoviário da cidade com várias áreas pontilhadas e um círculo com setas.

[Tudo isso foi bem rápido meio à golpes de vista]

Daí ela sai de onde estava e usando um maiô tomara-que-caia azul-celeste bem justo, um cinturão com um "S" no centro que emenda num saiote vinho. Tem uma capa nas costas vinho com borda prata-metálica.

No centro do seu tórax - um pouco acima do busto - tem uma protuberância que brilha como um farol, ela é completamente careca.

Ela te ouve e faz uma careta de confusão à princípio mas suspira de alívio.

Sua luz parece ficar mais ofuscante depois disso.

Sorrio para ela
-Vejo que alguém também é fã da Chiro
Entrego as coisas para ela

Ela enrubesceu, pegou as coisas e colocou no banco do ponto de ônibus.

Clara escreveu:

{Risinhos envergonhados}

Ela é tão legal! Tão corajosja e é só uma pexshoa normal...

[Coça o ombro e olha pro chão]

E eu... Eu mesmo sendo... Sendo eu!

[A luz em seu peito apaga, ela olha pra mão direita que ainda segura o óculos]

Eu poxsho! Eu poderia... Mas não sei se consigo, sabe?

[Ela põe o óculos com o resto das coisas e bate contra o peito nervosamente]

Olho para ela
-Pode o quê? Eu posso tentar te ajudar, apenas me explique o que acontece com ti.
Sorrio para ela

Ela treme os lábios e chora.

Clara escreveu:

EU NÃO SEI!

Às vezesj eu fasho coisasj

Fasho coisjas brilharem e ficarem maish transhparentesh, às vezesh fico muito forte e meus machucadosh fecham rápido, empurro as coisas com a cabeça [cutuca a cabeça com o dedo] e ash coisasj explodem às vezesh

Penso um pouco
-Eu não sei o que é isso, mas eu sei que se for usado para o bem você vai fazer a Chiro se orgulhar.
Sorrio
-Quando que essas coisas acontecem normalmente?

Toda essa situação intensa se deu em muito pouco tempo.

Antes que qualquer resposta fosse dada um carro se aproxima pela contra mão com música alta e derrapando propositadamente pela pista. Tem uma pessoa sentada na janela com os pés pra dentro e os quadris pra fora apontando uma espécie de arma pra lá e pra cá.

Ele aponta mais ou menos na direção onde vocês estão e bate na mataria do carro, ele não está olhando pra vocês, está se concentrando em manter-se equilibrado e prestando atenção naquela pistola.

Bandido escreveu:

*Em espanhol* Encosta, filho da puta! É por aqui, dessa vez é aqui...

[Joga a pistola pra dentro do carro e um headphone que tava usando também

E olha só! Tem diversão pra depois compadre!!!

[Olhou na direção das duas e mostrou a língua fazendo menção de lambidas antes de pular do carro que já estava em baixa velocidade]

O cara está perto do poste em que você surgiu, o carro estacionando onde há os arbustos que ficam à frente do alastrado de onde se vê o Complexo da Maré. 

Ele tem grossas correntes de ouro e um cabelo oleoso castanho-claro que vai até o ombro um revolver na cintura e algo longo nas mãos aparentando ser um cano, um pedaço de pau ou algo assim.

Sorrio para Clara
-Apenas se defenda
Me viro para o cara equanto estralo os dedos e ando até ele, tentando andar sedutoramente e quando chego nele falo
- Diversão? Sim, eu me divertirei muito.
Tento lhe dar um soco bem forte na boca do estômago seguido por um outro soco no rosto (uppercut)
Karatê 14

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2

Uppercut Karate 14
Sorrio para Clara
-Apenas se defenda
Me viro para o cara equanto estralo os dedos e ando até ele, tentando andar sedutoramente e quando chego nele falo
- Diversão? Sim, eu me divertirei muito.
Tento lhe dar um soco bem forte na boca do estômago seguido por um outro soco no rosto (uppercut)
Karatê 14

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5 , 5 , 1

Uppercut Karatê 14

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4 , 4 , 2

Ele estava com a guarda totalmente aberta e depois daquelas porradas caiu no chão, tossiu e cuspiu sangue. Ele tentou fingir um desmaio mas tremia por todo corpo e se mijava.

Antes quee qualquer outra coisa pudesse ser feita o estampido de um disparo partiu do carro, Clara gritou de forma desesperada e estridente, sem se preocupar em de onde vinha a bala você virou para olhá-la.

Salpicos de sangue bateram dos seus pés até os joelhos, Clara se desesperava mas estava há uma certa distância.

O marginal que estava dirigindo deu um tiro de misericórdia no "amigo" uma mancha grande de sangue regou a terra em torno e miolos se espalharam.

(estou correto em assumir que não estou com nenhuma arma comigo né?)

[Na hora que você foi transportada se agarrou a mochila, suas coisas de Chiróptera estavam lá]

(eu nunca "comprei" os items dela)

Pego o revolver da cintura do cara e atiro em direção ao motorista
Dx 14

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3 , 6 , 1

Guns 14

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4 , 5 , 6

A figura gigantesca na penumbra não se abala.

Seu tiro passou zunindo perto do seu ombro e ele deu uma gargalhada meio psicótica.

Juan \"Magrelo" escreveu:

O cheiro de casa... Hahahahaha

[Andou mais pra frente, com o cano de uma escopeta apontado pra você]

Reconheceria as asas dessa morceguinha batendo em qualquer lugar

CHIRÓPTERA!

[Atira a arma por tás de suas costas]

Eu quero muito quebrar seus ossinhos mas agora temos negócios por aqui. Eu vou ter que chamar outra pessoa no lugar desse maricon.

[Cospe no cadáver]

Enquanto eu espero você dedesinfeta daqui. 

Você reconheceria ele em qualquer lugar é o matador de confiança do Sr K. Quase dois metros e mórbidamente obeso. Já levou tiros que nem chegaram a fazê-lo sangrar e pode desmembrar alguém com as mãos nuas

O detalhe é que Juan é cego de nascimento. Como se orienta tão bem, dirige, luta, atira, etc ninguém sabe muito menos como poderia ter te reconhecido