Gelner

A viagem foi longa e cansativa, mas você chega inteiro a Tanmaril ao final de uma manhã de primavera. Descendo do barco com seus poucos pertences, ouve uma voz dirigida a todos os passageiros que chegaram no Aurora (o barco):

-Atenção, todos os passageiros: formem uma fila e dirijam-se ao escritório no começo do cais com suas Cartas de Colonização em mãos!

Todos os passageiros obedecem e a fila se forma sem demora. Enquanto a fila se move lentamente em direção ao escritório, você dá uma olhada distraída ao seu redor.

Percebe-se facilmente que o porto foi reformado recentemente, pois o cais de madeira nova contrasta com as robustas colunas que o sustentam: pedra polida por muitos anos de ação dos elementos. O mesmo se dá com boa parte das edificações próximas: construídas com material novo sobre as bases e paredes robustas que sobreviveram à ruína das antigas construções.

Durante a viagem você já havia notado, mas agora, sem as divisórias dos grandes compartimentos de passageiros do barco, consegue ver mais claramente quão heterogêneo é o grupo de passageiros, exceto por aquele grupo curioso que fala uma língua esquisita e que deve ter vindo de algum lugar do Leste Distante, bem além do Deserto de Haidin.

Enquanto você está pensando em como tem gente estranha aqui, chega sua vez:

-Próximo!

Você entra no pequeno escritório e vê um homem corpulento atrás de uma mesa com um livro de registros. Há um guarda no canto da sala, além dos dois do lado de fora.

Você entrega a sua Carta de Colonização ao escrivão e ele passa os olhos rapidamente pelo documento.

-Bom dia, Senhor Gelner! Aqui diz que você se registrou para a ocupação de explorador. Como bem deve se lembrar, o contrato de explorador exige que você cumpra uma semana de trabalho a cada doze meses a serviço do Barão, com alojamento e alimentação inclusos ou uma pequena compensação para cobrir eventuais despesas oriundas desse trabalho.
Pois bem: apresente-se amanhã às 9 horas ao Magistrado, no Salão da Magistratura (é o prédio antigo na praça principal - não tem como errar). Ele indicará o trabalho que você deve executar. Esta convocação não é opcional.

-Você pode ficar gratuitamente por até sete dias no Alojamento Masculino Temporário para Novos Colonos. É o prédio com a placa verde na segunda rua à direita. Agora vá e tome cuidado nessas ruas, pois, apesar de sermos bem rígidos com as leis por aqui, de vez em quando algum bêbado causa confusão.

-Próximo!

Vou procurar o Alojamento, só ver exatamente onde e como é.
Depois vou dar uma olhada no comércio das proximidades, ver o que há de interessante vendendo por aí.

Você segue em direção à segunda rua, onde fica o alojamento.

Enquanto anda, percebe que essa região de Rennovatio parece ser formada apenas por umas poucas fileiras de quarteirões separados pela rua principal, que segue a direção do porto e é cortada por umas poucas ruas transversais.
Tudo o que parece ter por aí são armazéns, umas poucas estalagens com aspecto barato e uma ou outra oficina de reparos de peças para embarcações, quase tudo construído recentemente.

Ao passar pelo primeiro quarteirão, você nota, na primeira rua à direita, entre os barracões, um edifício de pedra antigo, semelhante a uma pequena torre e com uma placa com o desenho de uma mão espalmada segurando uma pluma.

Seguindo até a próxima rua, você vê o Alojamento Temporário, que parece um barracão um pouco melhor construído que os armazéns ao redor.

Parado, observo os quarteirões adiante. Parece ter mais movimento, prédios de melhor aparência, algum tipo comércio?

Essa região só parece ter tem prédios desse tipo, sem nenhum comércio mais desenvolvido. Como é uma região portuária, é de se supor que haja pelo menos uma loja que venda um pouco de tudo, mas não parece estar à vista na rua principal.

A verdade é que mesmo a rua principal não é muito longa, possuindo apenas 5 quarteirões. Depois daí, a rua termina numa estrada de pedra desgastada que deve levar ao centro da colônia.

Vou até o alojamento.

Quando você chega, encontra um meio-orc de meia idade na recepção terminando de guardar as armas de um anão, que entra num corredor à direita com o resto de sua bagagem.

Ele volta ao balcão e olha para você, com cara de entediado.

-Documentos?

Eu entrego meus documentos:

- Estão aqui, senhor. Tem muita gente chegando hoje, não é?

Ele respira fundo e olha para você, quase cordialmente:

-É sempre assim nos dias de chegada de novos colonos. Depois fica calmo por algumas semanas, até a próxima chegada.

-Você tem de deixar suas armas aqui (aponta para uma salinha atrás do balcão, que serve como guarda-volumes); os outros objetos você pode guardar no baú.

-Pode pegar qualquer cama que não tenha um baú trancado. Tome um cadeado e uma chave para o seu baú (entrega um cadeado aparentemente bem robusto e sua chave).

-O alojamento fica no fim do corredor à direita; as refeições são servidas no salão comum, à esquerda. O almoço começa a ser servido em pouco menos de uma hora.

-Boa sorte com a exploração.

- Obrigado.

Vou até a salinha deixar as armas, mas fico com as minhas adagas.
Sigo para o quarto.

Role ocultamento (Holdout).

Teste de Holdout:

Titon efetuou 3 lançamento(s) de dados D6 :

4 , 2 , 4

(só para facilitar: na próxima vez, escreva o nome da perícia e o NH ao lado - para eu não precisar olhar sua ficha).

(uma adaga tem -1; como duas tem o peso de uma faca grande, que dá -2 em holdout, seu teste tem -2 de penalidade, logo, sua margem foi 13-2-10 = 1).

Disputa contra PER 13:

Leonnov efetuou 3 lançamento(s) de dados D6 :

4 , 5 , 4

Ok. Ele não viu que você escondeu as adagas na cintura, por baixo da camisa.

Sigo para o alojamento.

Seguindo pelo corredor, você encontra um grande salão retangular com uma única divisória de madeira no meio, separando o salão em duas alas. Cada ala tem umas 10 camas de cada lado, com a cabeceira junto das paredes e os baús voltados para o centro.

Há apenas cerca de meia dúzia de pessoas. Os rostos parecem familiares... sim, todos vieram no mesmo barco que você.

O anão que você tinha visto quando entrou está conversando animadamente com um gnomo. Olhando os dois juntos, você tem a impressão de que o anão parece um gnomo grande, dada sua postura e seu modo de vestir.

[Layout do salão]
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Vou procurar uma vaga próxima à janela, guardo a mochila no baú e deito na cama, pra descansar um pouco da viagem, até próximo do horário do almoço.

Você guarda as suas coisas e se deita. Depois de um breve cochilo, acorda com o barulho dos outros hóspedes saindo do alojamento e dizendo que o almoço estava sendo servido.

Levanto e vou para o refeitório.

Você chega ao salão e encontram cinco mesas grandes com lugar para 10 pessoas em cada uma. Ao fundo, um balcão onde a comida é servida por outro meio-orc, mais jovem que o da recepção.

As mesas no canto esquerdo do salão já estão razoavelmente ocupadas. A mesa do meio está com os lugares mais próximos do balcão ocupados e as mesas do lado direito estão praticamente desocupadas.

O anão e halfling sentaram na mesa do meio.

Disposição das mesas:

                 BALCÃO
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__________         |   M   |        ___________
Mesa 1         |        |   e   |        |Mesa 3
__________|        |   s   |        |___________
                             |   a   |
__________         |   5   |         ___________
Mesa 2         |                          |Mesa 4
__________|                          | ___________

_____________ Entrada _________________

Vou até o balcão e, estalando os dedos, digo:

- O que tem para o almoço? Estou faminto!

Fazendo cara feia, o jovem meio-orc lhe serve uma tigela de ensopado de peixe e um pão de centeio sem dizer nada. Em seguida, aponta para uma mesa ao lado do balcão com um pote e umas canecas:

-Água. Próximo!

- É... Ok.

Pego a tigela e o pão e sento na mesa do meio.
Fico prestando atenção no que os demais estão conversando.

Você se senta na mesa do meio, perto do gnomo e do anão que se veste e se porta como um gnomo.

Eles estão conversando algo sobre o gnomo já ter um emprego acertado na vila e o anão querer juntar dinheiro para montar uma oficina em Tanmaril.

Logo depois, sentam-se dois caras perto de você, sendo um deles de maior porte e com postura meio militar; e o outro, um loiro simpático com cabelo abaixo dos ombros e vestes escuras.

Ele pergunta:

-Daí povo? Quem mais ta aqui como explorador?

Mastigando um pedaço de pão, levanto a mão em resposta.