Brior de Montedor

Relembrando a primeira mensagem :

O regimento de Montedor retornou de seu primeiro turno de guarda na Ponte Partida - a antiga ponte de pedra a Oeste da Colônia onde os diversos regimentos que formam as forças de defesa de Renovatio se revezam para impedir que os goblinóides expulsos da região atravessem o rio Orestes.

A espera interminável interminável por um inimigo que nunca aparecia foi entediante. Só apareciam pequenos grupos de batedores que sempre permaneciam fora do alcance de suas flechas.

Para sua sorte, o conde queria voluntários para se juntar aos exploradores que começavam a desembarcar em Tanmaril: era sua chance de finalmente explorar o continente e procurar terras que um dia poderão pertencer ao seu senhor.

Sem hesitar, você se apresentou como voluntário, mas nenhum dos seus companheiros de regimento o acompanhou.
Uns disseram que era pela necessidade de proteger Renovatio, pois de nada adiantaria procurar terras lá fora se a colônia caísse; outros pareciam bastante acomodados com o estado das coisas e a calmaria - até porque quem estava pagando a maior parte do soldo era Coritani; e alguns pareciam ter um pouco de medo do que havia lá fora, pois ouviram histórias em terceira mão sobre monstros para todos os lados além das margens do rio Orestes e do rio Noldor (que fica ao Norte da colônia).

Talvez fosse melhor assim: depois que você descobrir as melhores terras, certamente o conde Pierce mencionará seu nome ao duque Eustaq!

Mas primeiro as coisas primeiras: você recebeu do duque a carta de explorador, mas tinha que levá-la até o escrivão na região portuária da colônia para que ele registrasse oficialmente sua mudança de ocupação e imprimisse o selo oficial na sua carta.

Enquanto caminha em direção à zona portuária (que fica a cinco milhas do centro da colônia), você se lembra da viagem longa e cansativa que fizeram de Coritani até Tanmaril, nos primeiros dias da primavera. Mal chegaram, tiveram logo de passar pelo escrivão e se registrar como membros da Guarda Colonial. Nem lhes deram tempo de conhecer a área e já os fizeram caminhar até um dos quartéis na região central.

Você se lembra da impressão que teve do porto: um cais de madeira nova contrastando com as robustas colunas de pedra polida por muitos anos que o sustentavam. O mesmo se dava com boa parte das edificações próximas: material novo sobre as bases e paredes robustas que sobreviveram à ruína das antigas construções.

Você chega à zona portuária perto do final da manhã e se dá conta de que há um navio recém-chegado, mas este parece ser mais um navio de carga do que um de passageiros. Há alguns marinheiros na fila do escritório de colonização.

Enquanto você está pensando no que lhe espera como explorador, chega sua vez:

-Próximo!

Você entra no pequeno escritório e vê o mesmo homem corpulento de antes atrás da mesa com o livro de registros. Há um guarda no canto da sala, além dos dois do lado de fora.

Você entrega a suas Cartas de Colonização (a antiga, de guarda e a nova, de explorador) e o escrivão passa os olhos rapidamente pelos documentos.

-Senhor Brior, agora você abandona sua ocupação na Guarda e assume a ocupação de explorador.
O contrato de explorador exige que você cumpra uma semana de trabalho a cada doze meses a serviço do Barão, com alojamento e alimentação inclusos ou uma pequena compensação para cobrir eventuais despesas oriundas desse trabalho. O senhor também perde todos os benefícios como guarda colonial.
-O senhor deve se apresentar amanhã às 9 horas ao Magistrado, no Salão da Magistratura - você sabe que é o prédio antigo na praça principal -. Ele indicará o trabalho que você deve executar. Esta convocação não é opcional.

-Como mudou sua ocupação para explorador, você pode ficar gratuitamente por até sete dias no Alojamento Masculino Temporário para Novos Colonos. É o prédio com a placa verde na segunda rua à direita.

Sem esperar que você diga sequer uma palavra, ele emenda:
-Agora vá, pois ainda tenho uns marinheiros para registrar e uns registros para revisar.

O beiral chamou a atenção de Brior, ele procura a escada que o leve para cima a fim de dar uma boa olhada de outro ângulo no local.

Você encontra o andar superior completamente vazio, apesar do volume razoável de pessoas no andar de baixo. O ambiente é bem iluminado - aparentemente, por magia.

Há uma grande mesa com 12 lugares e mais umas três menores, com quatro lugares cada. Na parede ao fundo da mesa grande há um grande quadro de madeira pendurado, do tamanho da mesa, com um mapa esculpido.

Uma olhada mais atenta  indica  que tal quadro um dia foi uma mesa e o mapa ali gravado parece ser o mapa de Tanmaril.

Role PER

[PER 12]

Medalha efetuou 3 lançamento(s) de dados D6 :

3 , 4 , 1

Enquanto está olhando para o mapa na parede, você ouve os passos sorrateiros de alguém subindo a escada cuidadosamente atrás de você.

Brior se vira para ver quem é. Nem vai tentar disfarçar.

Você se vira e olhando para baixo vê o halfling que estava atrás do balcão.

Ele pára um instante e observa você de alto a baixo, como se o estivesse avaliando. Em seguida, ele faz uma cara de quem teve uma dúvida esclarecida e cumprimenta você com uma reverência tão exagerada que você não dá para dizer se é de cortesia ou deboche:
-Boa tarde, mestre Brior! Saradoc Mão Leve ao seu dispor!

E completa:
-Sou o proprietário desta humilde taverna. Em que podemos servi-lo?

-"Como sabe meu nome!?", pergunta Brior, desconfiado!

Ele responde:
-Exploradores ainda são raros por essas bandas, então as pessoas comentam quando algum se registra com o Oficial de Imigração.

E completa, sorrindo:
-E eu escuto muito bem.

-A propósito: o que acha da minha taverna? E do Salão dos Exploradores? (estende as mãos ao redor, sugerindo que esse é o nome dessa ala)

Tendo se registrado a poucas horas, Brior continua desconfiado da velocidade com que as notícias voam. Então responde ao pequeno:
-"Sua taverna é bem montada. Me parece agradável. Apesar de estar há um bom tempo nestas terras, me admira só conhecer este local, digamos, agora. E este salão, Exploradores, certo? Então, ele chama muita a atenção. Principalmente este mapa."

-Dizem que este prédio era o quartel da guarda pessoal da Família Real de Coritani quando vinham passar umas temporadas em Tanmaril. Quando adquiri o prédio, a mesa estava em péssimo estado, mas mandei restaurar e o mapa estava entalhado nela. É o mapa de Tanmaril.

-E, sim, este é o Salão dos Exploradores. Eu o construí apenas para os exploradores e seus convidados, para que vocês sintam vontade de voltar para cá e me contar as histórias de suas aventuras. E para ser um local de encontro dos exploradores. Você é o único aqui hoje, mas havia outros cinco uns dias atrás. Eles partiram para cumprir o serviço compulsório. Suspeito que você ainda precisa cumprir o seu - estou enganado?

Uma garçonete se aproxima de vocês e Saradoc lhe pergunta:
-Deseja beber alguma coisa? Hoje é por conta da casa, como um gesto de boas vindas.

Brior pergunta, curioso: -"Serviço compulsório?" [se havia algo que o Brior soubesse a respeito, não lembro agora]

Então ele aceita a bebida, mas diz: -"Aceito, mas apenas se beber comigo, Saradoc! Assim poderia me contar um pouco mais sobre os exploradores!"

-O escrivão deve ter lhe dito algo sobre a semana de serviço compulsório que você deve prestar anualmente para manter a ocupação de explorador. Os outros tiveram que se apresentar ao Magistrado logo no dia seguinte à chegada deles aqui (você se lembra disso, apesar de o escrivão não ter usado o termo "serviço compulsório").
[Veja a primeira mensagem - que se repete no topo de cada página]

Voltando-se para a atendente, ele diz:
-Lyria, duas canecas de cerveja vermelha, por favor.

-Você queria conversar sobre os outros exploradores. Eles passaram algumas horas aqui, mas não tenho certeza de que possa sanar todas as suas dúvidas. O que você quer saber?

-"Bom, imagino que nestas explorações eu possa encontrar outros exploradores, e seria bom saber um pouco mais sobre eles, entende? Não sei que tipo de perigo encontrarei e pretendo saber em quem posso confiar."

-Entendo. No tempo que estive aqui, não deu para saber muito deles: um anão que se veste como um gnomo e parece gostar de construir coisas; um jovem de cabeça raspada que deve ser um monge ou algo assim, já que só quis tomar chá; um outro falastrão que parecia um mago - e não parava de dar em cima da minotaura - outra exploradora; e um outro jovem que ficou na dele - parece que foi comerciante em Coritani.

Enquanto ele faz essa breve descrição, a atendente chega com suas cervejas. Saradoc pega a caneca e, depois que você pega a sua, ele a estende, para brindar:
-Um brinde a esses tempos interessantes em que vivemos!

Brior pega a caneca e estende em resposta, dizendo antes de brindar:
-"Um brinde aos tempos calmos enquanto durem!"

Depois de terminar, Brior dirá: -"Grato pela companhia. E pelas descrições. Se algum dia encontrar algum destes exploradores, direi que Saradoc aguarda suas visitas e histórias!"

Saradoc responde, sorrindo:
-Ah! Mas eles voltarão - assim como eu espero que você volte.
-Quando terminar sua missão para o Magistrado, venha aqui para discutirmos negócios. Até lá, mantenha-se vivo!

Brior acena um sim com a cabeça enquanto termina a caneca. A hospitalidade de Saradoc vai ficar na sua memória, mas abusar dela não é se objetivo. Depois de algum tempo, se nada mais acontecer, pretende retornar para o alojamento e descansar para o dia seguinte.

Antes de você ir embora, ele manda servir uns petiscos na sua mesa - uma porção de peixe frito com batatas.

Você chega ao Alojamento com a barriga cheia e ignora o jantar. Quando deixa suas armas na entrada, o meio-orc avisa que o desjejum é servido a partir do nascer do Sol.

***

No dia seguinte, você acorda sem se lembrar se sonhou alguma coisa. Depois de arrumar suas coisas, vai ao refeitório e toma uma tigela de mingau salgado de aveia com molho de carne.

Voltando pela mesma estrada que tomou no dia anterior - afinal, é a única -, você chega ao centro da colônia perto do horário indicado para se encontrar com o Magistrado.

Sem tempo para passear, você segue direto para a Magistratura, numa das alas do palacete do Barão. O prédio que mistura arquitetura antiga com um estilo mais atual. A estrutura parece bem robusta e praticamente completa, mas ainda falta o luxuoso acabamento esperado de propriedades da nobreza (o que deve ser feito no tempo devido).

Os guardas da ala da magistratura lhe pedem para esperar um pouco enquanto o Magistrado termina de resolver outros assuntos.

Depois de alguns minutos, um oficial militar sai do prédio: é Oscar: o subcomandante do regimento de Montedor.

Ele sabe da sua mudança para explorador em nome dos interesses do seu senhor:
-Olá, Brior! O que está fazendo aqui?

-"Tenente Oscar? Não esperava encontrá-lo por aqui! Aliás, não esperava encontrar ninguém conhecido por aqui!".
Brior o saúda com o cumprimento do regimento, e continua:
-"Então, estou aguardando minhas novas ordens de explorador. Me inscrevi em nome de Montedor ontem mesmo."

-Não há por que se surpreender com minha presença aqui, afinal, nosso regimento faz parte da guarda colonial. Eu só estava passando o relatório da nossa estadia na Ponte Partida.

E emenda:
-Eu sei que você está fazendo isso em nome de Montedor, então jamais se esqueça que, apesar de estar provisoriamente dispensado do seu posto, você continuará sendo um dos nossos! Entretanto, devo admitir com certo pesar de que nós não poderemos enviar ajuda se você se meter em encrenca, pois nossas ordens nos impedem de abandonar nossos postos. Mas pode passar lá no regimento para conversar um pouco quando não estiver explorando e nós não estivermos de guarda em algum ponto da colônia.

Logo em seguida, um dos guardas o chama para conversar com o Magistrado.

O Tenente Oscar se despede com o cumprimento do regimento dizendo:
-Fique vivo. Por Montedor!

-"Ficarei! Por Montedor!", e Brior segue o guarda.

Entrando na sala, vocês vê um homem de meia idade vestido com roupas caras sentado numa poltrona atrás de uma grande mesa terminando de anotar algo em alguns papéis. Não há outros assentos na sala.

Esticado em cima da mesa há também um mapa pouco detalhado de Tanmaril, quase sem marcações. Quando você se aproxima, o magistrado se levanta e o cumprimenta, num tom formal:

-Bom dia, senhor Brior. Como você bem sabe, foi convocado aqui hoje para honrar o dever de servir ao Barão durante uma semana por ano, conforme o contrato que assinou quando decidiu sair da Guarda Colonial para se tornar explorador.

-Como explorador, poderá se deslocar livremente pelo continente, não estando sujeito às restrições impostas aos demais membros colônia - restrições estas que se exigem para a segurança da colônia, é claro. Entretanto, a colônia também não tem nenhuma responsabilidade pelo que lhe acontecer fora dos limites definidos como seguros.

-O que encontrar lá fora lhe pertence, mas documentos, livros, mapas e quaisquer outros itens que forneçam informações sobre a história antes ou durante o Bloqueio deverão ser entregues ao Barão von Tarquinn - que o recompensará devidamente, é claro.

-Você pode fazer o que desejar com os demais itens: armas, jóias, itens preciosos... mas o Barão certamente se interessará em comprar o que você não quiser.

-Agora que já deixei razoavelmente claras as suas atribuições como explorador, vamos ao assunto mais imediato, que são suas obrigações para esse primeiro período de serviço compulsório.

Depois de uns poucos instantes, procurando entre seus papéis, o magistrado continua:

-Alguns dias atrás, um ogro chamado Gandu atacou um casal de halflings que passeava pelo lado externo da muralha ao sul da colônia. Gandu trabalhava como ajudante na construção da muralha e encontrou os dois halflings no fim do dia, provavelmente depois de ter acabado a jornada. Ele conseguiu matar o halfling, mas sua companheira sobreviveu porque conseguiu escapar e se esconder nas matas próximas dali. A única informação útil que ela pôde dar é que viu o ogro levando o corpo sem vida de seu namorado para o sul.

-Ontem, um dos camponeses responsáveis por um lote das terras cultivadas a sudeste daqui veio à cidade e se queixou da destruição de um cercado e do possível roubo de um carneiro. Disse que as pegadas eram humanóides, mas fundas demais para ser de um homem pequeno.

-Seu trabalho será trazer a cabeça desse ogro para cá, para ser exposta na praça principal como demonstração de que, apesar de acolhermos qualquer um, independente de seu passado, não toleramos nenhum crime em Renovatio.

-Você deverá se apresentar ao Capitão do regimento da Torre Sul até o meio-dia. Ele designará um rastreador de seu regimento para lhe ajudar a encontrar Gandu e aplicar a justiça.

Em seguida, encerra a exposição, sem abrir espaço para perguntas:
-Os detalhes ficarão por conta do Capitão da Torre Sul. Se encontrar algo digno de nota, relate quando voltar. Isto é tudo. Tenha um bom dia e boa sorte em sua missão!

Logo depois, o Magistrado acena para o guarda que estava junto à porta e ele a abre, como que o convidando a se retirar da sala.

(ainda é cedo o bastante para dar uma olhada pelo centro da cidade antes de se apresentar à Torre Sul.)

Pretende fazer alguma coisa antes de ir para o quartel da Torre Sul?
[a vila tem lojas de praticamente todos os tipos, então é fácil encontrar à venda os itens comuns encontrados nos livros - itens de qualidade mais alta ou muito caros talvez não estejam à disposição]

[Pretendo fazer sim, só tive interrupções aqui e não consegui ler o texto inteiro para postar a resposta. Acho que agora vai.]

um ogro... pensa Brior, imaginando o porque desta missão. Sozinho contra um ogro. Ou não, se o rastreador não for covarde. Brior tinha uma ou duas perguntas ao magistrado, mas ele não parara de falar e quando percebeu, já estava do lado de fora da sala. Mas é isto, sem retrucar. O dever o chama.

Apesar de tudo, Brior já tem tudo que precisa para a missão. Não tem muito interesse em adquirir nada no mercado, mas como deve ser caminho até a torre sul, vai seguir por entre eles, observando e vendo o que encontra caso precise de algo futuramente.

E seus pensamentos sobre o ogro não param...

No caminho até a torre sul, você vê que muitos prédios ainda estão em fase de construção e boa parte dos comerciantes oferece seus produtos em estandes e tendas desmontáveis.

Um pequeno prédio de madeira com dois andares lhe chama a atenção, pois parece estar completamente  pronto: a placa de madeira em sua fachada tem o desenho de uma aranha descendo de uma teia enquanto segura uma tesoura com as patas da frente.

-"Uma aranha segurando uma tesoura? Bem direto, mas macabro..." comenta para si.
-"Vamos ver se eles tem somente roupas ou possuem armaduras também..." e vai até o local.

Você entra na loja e vê um homem, uma mulher e um halfling cortando e costurando em bancadas de costura.

O halfling pára o que estava fazendo, desce o banco sobre o qual estava de pé e se aproxima de você, com um cumprimento:
-Bom dia, senhor! Adalgrin Aranha ao seu dispor! em que posso ajudá-lo?