Jean.

Vários minutos após Cody ter subido (Conforme visto aqui), o alçapão se abre e o capitão lhe chama.

Vocês sobem até o convés e se dirigem à sala do capitão. A elfa está do lado de fora, bem como 3 marinheiros armados, mas nenhum entra com vocês.

Ele senta-se na cadeira dele, do outro lado de uma mesa e pede que você se sente.

-Bem, caro Jean. O que você pode me dizer a respeito da história desse garoto.

Jean:

- O vi pela primeira vez no porão, junto com os outros, Sr. Capitão.

( OFF: A menos que algum surto de memória me indique ter visto o garoto antes em alguma outra situação, essa é a minha resposta. Tenciono ser sincero. )

-Certo. Acredito em você, ao menos por enquanto e quanto a isso. O que você tema me dizer do garoto. Ele disse algo no porão? Alguém disse algo que possa dar uma dica de quem o garoto é ou porque estava ali?

- Os rapazes fora um pouco rudes com ele... acho que numa tentativa bem intencionada, mas desajeitada, de faze-lo falar. Mas apavorou-se e não nos deu nenhuma pista de quem é ou porque está ali. Posso falar com franqueza sobre ele?

( OFF - Meu jeito de não mentir para o capitão e defender ao mesmo tempo meus colegas... tentando conciliar duas coisas que eu acho certas a fazer.)

-Sim, prossiga.

- Não sei qual é a política do navio nesses casos, mas não creio que o garoto tenha feito ou queira fazer qualquer grande mal. Gostaria de me manifestar contra qualquer emprego de força ou violência contra ele. Tudo o que parece é ser apenas um garoto perdido e sem muita noção das coisas. Um dos profissionais presentes não poderia toma-lo como aprendiz ou criado?

-Sim, não se preocupe quanto a isso, eu jamais jogaria uma criança da ponte, ainda mais uma criança cristã.

-O que eu quero saber é se há qualquer indício do que seria essa criança. Alguém falou algo que possa dar uma pista? Quais as hipóteses que foram levantadas lá embaixo? Alguém falou algo que parecesse ser mais do que uma hipótese?

- Fizemos conjecturas no escuro. Ninguém chegou a nenhuma conclusão sustentável. E o garoto não mostrou nada que indique que ele seja qualquer coisa além de um simples garoto... e bem assustadiço. Acho que no fim as coisas são simples e banais, Sr. Capitão. Uma criança perdida, talvez um órfão, que se refugiou no porão de um navio por algum motivo que ficou em terra e que agora não importa mais.

-Certo. E quanto às ameaças que seus colegas fizeram a ele? Você sinceramente acha que não teremos de nos preocupar com eles?

- Duvido que algum deles estivesse falando sério. Mas, caso eu esteja errado, se me permite aconselhar o senhor, simplesmente declare que nenhum deles deve ferir o garoto, ou a qualquer outro membro da tripulação, e, caso alguém o desafie nesse ponto, o uso do açoite ou da forca, dependendo da gravidade da transgressão, colocará os eventuais tripulantes com maus instintos na linha. Creio que é assim que se lida com os rufiões que abusam dos mais fracos. Embora, acredito eu, não haverá necessaide de chegar a tanto.

-Certo, devo mesmo fazer algo assim. Bem, creio que é isso com relação ao garoto. Monsenhor Baptiste se ofereceu para cuidar dele. Ele não falou muito, mas o monsenhor acha que pode fazer o garoto falar aos poucos.

Ele pára e pensa um pouco.

-Há algo mais sobre o que eu gostaria de lhe perguntar. Você conhece um rapaz chamado Frederic? -ele puxa um papel e olha- Frederic de Sigognac?

Concentro-me o maximo possível para não me trair:

- O único Frederic que já conheci está morto.

-Mesmo? O que você tem para me falar desse Frederic?

- Bem... é um assunto pessoal, Sr. Capitão, e não interfere com meus deveres a bordo ou com minha utilidade para o navio. Com todo o respeito, não vejo por que deveria falar dele.

O capitão responde, lhe mostrando o folheto de procurado:
-Talvez porque a cara dele seja idêntica à sua, meu caro?

- Como eu lhe disse, Frederic está morto. Meu nome é Jean, sou apenas um marinheiro e espadachim, e no momento estou a seu serviço e do Sr. Sanjar. Qualquer outra coisa que eu tenha sido no passado não importa agora.

-Você deve ter notado que eu lhe recebi sozinho. Não estou pretendendo entregar seu segredo a ninguém, não quero lhe criar problemas, mas também não quero ter problemas nessa embarcação.

-Me diga, você fez o que diz esse cartaz? Realmente matou seu pai?

- Não. Não matei meu pai. Eu o amava e o honrava, como mandam As Escrituras e o meu coração. Se for a vontade de Deus, ainda terei o verdadeiro assassino enforcado ou morto por mim num duelo. É de espantar que mesmo alguém que não conhecesse meus sentimentos ou minha pessoa acreditasse que eu teria cometido um assassinato de forma tão obtusa quanto dizem, deixando tudo apontando para mim, se fosse o caso de eu ser um filho tão ingrato e pérfido. Só fugi porque havia uma óbvia conspiração contra mim e eu não teria chance de escapar vivo se permancesse lá, sem falar na possibilidade de vingar meu pai.

Ele solta um suspiro aliviado e sorri:
-Ótimo. Eu não achava que você realmente tivesse sido capaz disso. As suas atitudes e comportamento não parecem ser as de alguém que mataria o próprio pai a sangue frio, ou mesmo com o sangue quente.

-De minha parte, no que eu puder fazer para preservá-lo, terás minha ajuda. Você poderia falar com Monsenhor Baptiste para mudar seu penteado para mudar um pouco mais sua aparência.

-Eu não confio naquele goblin Ayorick, mas ele é de uma família de magos ilusionistas. Você já deve ter notado que ele mudou de aparência algumas vezes neste navio. Só não sei se seria confiável contar o seu segredo a ele. Mas a magia dele poderia ser de boa valia para disfarçá-lo em uma emergência se resolverem revistar o navio.

- Não tenho nada contra Ayorick, mas quanto menos gente souber de meu passado melhor. Se Monsieur Baptiste puder fazer algo, estando ele sob as ordens do senhor e o senhor confiando nele, eu ficaria grato, apesar de já ter raspado meu cabelo na cidade e o senhor ter me reconhecido mesmo assim. Ele poderia fazer algo melhor do que isso, talvez?

Ele olha para você.
-É, nada para ficar usando, pois os demais podem desconfiar, mas em uma emergência ou para descer em um lugar em que temas ser reconhecido, uma peruca bem feita e uma barba falsa e vestes diferenciadas poderão ajudar. Se quiser algo menos falso, ele também sabe fazer cabelos crescerem mais rápido. Ele poderia dar um penteado de estilo diferente do da foto e lhe dar uma boa barba e bigode se quiser.

-Quanto a confiar nele, certamente confio, ele é um homem de bom coração. Creio que só o fato de ter tirado aquela família de Kobolds das ruas e dado uma chance a eles já é um indicativo não? Quantas pessoas você conhece que faria isso.

-Bem, vá relaxar com os outros. O estreito de Sa'arraq é uma travessia relativamente rápida, se não houverem contratempos. Devemos chegar em Sa'arraq até a noite e desembarcar de manhã. Devemos passar uns dois ou três dias lá. É o tempo de mestre Badroc deve levar para comprar e vender as mercadorias.

- Aceitarei de bom grado se o monsieu Babtiste me der barba e cabelos longos. Apenas seria bom se eles crescessem mais rápido mas não MUITO mais rápido, pois os outros membros da tripulação podem desconfiar de algo e eu não conheço nenhum deles com profundiade para confiar. Tive muita sorte do senhor ser um homem compreensivo. Diga-me quando poderei falar com o monsieu Babtiste.

- Sim, capitão. Às ordens.

Com uma saudação, me retiro.

Jean
- "Aceitarei de bom grado se o monsieu Babtiste me der barba e cabelos longos. Apenas seria bom se eles crescessem mais rápido mas não MUITO mais rápido, pois os outros membros da tripulação podem desconfiar de algo e eu não conheço nenhum deles com profundiade para confiar. Tive muita sorte do senhor ser um homem compreensivo. Diga-me quando poderei falar com o monsieur Baptiste."

-Ele deve estar no andar da cozinha. Pode pedir para ele vir aqui que eu o ponho a par da situação. Após isso, vá relaxar com os outros. O estreito de Sa'arraq é uma travessia relativamente rápida, se não houverem contratempos. Devemos chegar em Sa'arraq até a noite e desembarcar de manhã. Devemos passar uns dois ou três dias lá. É o tempo de mestre Badroc deve levar para comprar e vender as mercadorias.


- "Sim, capitão. Às ordens."

Com uma saudação, Jean se despede e sai da cabine.

( OFF - volto a postar no tópico comunal? podemos assumir que avisei Baptiste? )

(Off, sim, pode-se assumir que avisou Baptiste. Vou deixar finalizar a cena do Black pra voltar à cena comunal, até pq ele é o primeiro da fila, então quando sais, ele já saium já conversou com o Capitão.)