Mares de Araterre - Parte 4 - Em Al Wazif

Com os últimos raios de Sol, Ayorick se recolhe a seu quarto onde lê o livro sobre familiares à luz de uma das muitas lamparinas mágicas presentes no navio. Procura a respeito de outros tipo de familiares. Acha no início do livro uma narração empolada onde está descrito o conteúdo total da enciclopédia sobre familiares. Percebe que cada volume fala sobre um tipo de familiar, Além de seu presente volume sobre dragões e dragonetes: Felinos; canídeos; gralhas e corvos; aves de rapina; diabretes; carnívoros como martas, ariranhas e furões; roedores como camundongos, ratos e ratazanas; leporídeos como lebres e coelhos; Equídeos; Moas; Trolls; Peixes de aquário; Golfinhos; Manatis; Tubarões e raias; entre outros. É uma grande enciclopédia. Em cada volume há toda uma descrição sobre alimentação e cuidados com o animal; Hábitats, mapa de distribuição, dicas de captura, hipóteses e fatos sobre a origem e história natural da criatura, entre muitas outras informações a respeito do candidato a familiar.

Enquanto isso, após se alimentar, Devon recolheu-se a seu quarto e já se prepara para dormir. Aaron e Jean saíram do barco acompanhados de Burton Cross e do Doutor Leroy (após uma certa conversa entre o capitão e algumas autoridades), com a missão de comunicar o motivo oficial do barco ter de permanecer ancorado (e resolver o motivo extra-oficial). Um oficial árabe os direciona para o escritório da alfândega, onde os quatro entram, cumprimentam o oficial de plantão e sentam-se. O oficial aguarda a explicação.

Marinus permanece no porão descascando batatas junto com o garoto clandestino. Em uma taverna próxima ao porto, um meio-orc e um mercador goblin bebem alguns tragos e trocam ideias, quando ouvem falar de um navio que recém-aportou na cidade, mas que aparenta estar com problemas de algum tipo.

https://arenagurps.forumeiros.com/t43-mares-de-araterre-parte-4a-na-taverna
https://arenagurps.forumeiros.com/t44-mares-de-araterre-parte-4b-os-servicais

Jean:

Acompanho os outros caminhantes calado, mas atento a tudo ao meu redor, especialmente a possibilidades de ataques e furtos de bolsas. Não consigo evitar, apesar disso, de ser tomado pelo encantamento de uma terra que deve ser muito exótica aos meus olhos.

Procuro por uma pena e papiro e faço uma pequena, exótica e quase impossível lista de itens que eu gostaria que fossem comprados por qualquer equipe que venha a desembarcar, depois procuro pelo imediato do navio e verifico a possibilidade de alguém ficar responsável pela aquisição destes itens.

Ayorick:

O imediato responde olhando a lista, neutro, mas razoavelmente solícito:

-Acabou de desembarcar uma equipe junto com o doutor. Ninguém mais está autorizado a sair no momento. Acho que você pode tentar você mesmo ir atrás desses itens quando o navio for liberado. Embora eu não tenha certeza de que vás encontrar tudo isso aqui nesse porto.Aqui é mais uma cidade pesqueira do que qualquer outra coisa. Em geral mais vendemos coisas aqui do que compramos.

Jean:

A cidade não parece muito grande, mas, embora o porto tenha vários elementos em comum com tantos portos, há também vários detalhes diferentes, como vestimentas com aspectos diferentes, torres diferentes ao longe, janelas com design diferente daqueles com os quais estás acostumado. Os últimos raios de Sol refletindo em algumas superfícies e janelas ajudam a dar um toque de exotismo a mais à paisagem desta pequena cidade.

Ao chegar à alfândega, você ouve os homens locais falando em uma língua estranha, que você reconhece ser a língua que Aaron tentou lhe ensinar mais cedo, embora obviamente não foi suficiente para lhe fazer reconhecer uma palavra sequer (apesar de eventualmente achar que reconhecer o "verbo to be" ensinado por Aaron, mas sem a menor certeza de ter ouvido certo).

Você ouve Aaron respondendo na mesma língua, mas você também não entendeu o que ele disse. Ao olhar para o lado, percebe o doutor tão perdido quanto você.

Jean:

Apenas acompanho Aaron e o Doutor, por enquanto. Como não sei nem a língua, nem os costumes e nem as leis locais, acho que o melhor a fazer é ser discreto, calar a boca e não atrair atenção para si. Mas tento me manter atento à linguagem "universal" da ameaças imediatas, pronto a interferir se for o caso.

Agradeço ao imediato e retorno aos meus aposentos.
Volto a ler o livro procurando por alguma invocação que eu possa estar realizando, preferencialmente algum familiar inteligente (IQ 9 ou 10) e que possa se comunicar (mental ou falando). Quanto a forma física, que seja pequeno (tipo do tamanho de uma ave pequena) e quanto a personalidade, que não seja malígno/demoníaco.

https://arenagurps.forumeiros.com/t46-mares-de-araterre-parte-4c-familiar

Falando em arabe digo ao oficial da alfantega (entregando-lhe uma moeda de ouro):

- Estou aqui para ver o Califa, ou seu representante oficial, sou Ragnar H Rook, e tenho assuntos urgentes a tratar. O navio deve ser tratado como em quarentena até a liberação do Califa ou seu representante, pois algum elemento embarcado nele pode representar perigo a segurança de Al-Wazif.

E mostro-lhe a carta enfiada pelo Califa.

Viro-me para meus companheiros:

- Estou tentando subornar o guarda para conseguir a liberação do navio!

Aaron e Jean:

Quando Aaron menciona o suborno, Burton responde.
-Isso quer dizer que já podemos voltar para o navio?

Jean:

- É uma necessidade, Monsieur Aaron? Ele está criando dificuldades? Sei que não é sábio ser mesquinho nessas horas... mas oferecer gratuitamente suborno pode valer uma prisão feita por um oficial honesto, ou despertar a cobiça de um homem desonesto e mau.

Jean e Aaron.

Enquanto Burton e Jean contestam Aaron, o oficial dá uma mordida na moeda, guarda no bolso e lê a carta do Califa. E começa a falar (em árabe, claro).

-Hnf! (Fala com um tom meio debochado). A "nhanhanha", contrabando de "nhanhanha". Hnf, esse Califa parece um alienado isolado lá em Al-Siyassi, nem parece saber o que ocorre aqui no litoral. O problema não é o que vocês Megalanos trazem pra cá, mas o que tiram de nós! Os filhos de nossa nação! Esse Califa não faz nada para impedir esse absurdo! Graças a Allah nosso Emir está se mobilizando para acabar com isso! A menos que vocês estejam trazendo de volta nossas crianças escravizadas, ou o ouro do resgate, vocês não têm nada que nos interessem!

Ele se levanta, se retira da sala, rasgando sua carta no caminho e bate a porta atrás de si.

Jean:

Em silêncio, olho inquiritivamente para Aaron, esperando qualquer sinal de como agir ou uma resposta sobre o que significa aquilo.

- Amigos, receio que teremos que encontrar o Califa! Burton, sabe de algo das atividades do Capitão? Temo que nosso amigo em comum Ragnar Harold Rook se meteu em uma enrascada para salvar a vida de seu amigo. Vamos! Vamos procurar pelo Emir!

(uso conhecimento de terreno de al wazif para encontrar o Emir)

off - post editado

Aaron e Jean:

Sob a liderança de Aaron, vocês seguem em direção ao palácio do Emir. O Médico reclama.
-Como assim? Você deu aquela moeda a troco de nada? Teremos que falar com o governador daqui para liberar o navio? Acho que deveríamos é voltar ao barco para dormir e seguir para o próximo porto, na expectativa de que nosso amigo reptante melhore até lá. O que diabos nosso mestre mercador pode querer ocmerciar aqui em uma cidade de pescadores?

Sigo caminhando, junto a Aaron:

- Doutor, devemos aproveitar as oportunidades que temos de caminhar sobre terra firme e verificar o que é que nos falta. Se precisamos ir, devemos ir nós três. Não creio que é sábio voltar ao barco sozinho. Mesmo num lugar como esse.

Jean e Aaron:
(No caso são 4, o Burton está com vocês tb).

-Claro, eu não pretendia seguir sozinho, ainda mais agora que já anoiteceu, apesar da cidade ser pequena, não creio que esteja isenta de pessoas mal-intencionadas pelas esquinas. Imagino, entretanto, que as lojas já estejam fechadas agora, se é você pretendia realmente comprar algo. Creio que teremos que esperar o amanhecer para comprar algo que nos falte.

Jean e Aaron:

Subitamente, dr Leroy se assusta, enquanto aponta e procura se manter atrás dos demais e fala meio sussurrando, quase sem voz, com uma voz assustada:-Aquilo é um orc?!Vocês olham e há um meio-orc saindo de algum lugar. Mais ao longe vocês vêem guardas levando um sujeito visivelmente embriagado.

Jean:

- Não posso lhe responder, monsieur Leroy. Há poucos não-humanos em minha terra... creio que podemos perguntar ao indivíduo. Há guardas por aqui, então acredito que ele não será hostil.

Se o meio-orc estiver ao alcance de minha voz:

- Olá, senhorr. Poderria darr uma palavrrinha conosco, si vous plait?

Se não, me aproximo e digo a mesma coisa.

Jean e Aaron:

O meio-orc pára meio que
ressabiado ao ouvir Jean. Olha para os dois lados e então olha para o grupo, visivelmente assustado e
apontando para si mesmo, pergunta:
-Ta falando cumigo?

Jean:

- Oui. Perdoe se parecermos rudes, mas ficamos curiosos... o senhor é da raça dos orcs? Nada tenho contra, apenas queria saber.

Jean e Aaron:

O sujeito parece meio aturdido e receoso a princípio, mas a seguir fala em um tom rispido e intimidador, empinando o peito e encarando o
grupo.

-Sou SIM... mas só meio. Quem qué sabê!?

Jean:

- Quem quer saber? Me chamo Jean. Não me leve a mal... de onde venho, há pouquissimos não-humanos. Apenas fiquei curioso.

Volto-me para Aaron:

- Devemos continuar nossa jornada até onde? O que ainda temos que fazer na cidade? Esse adiantado da hora não tornaria adequado buscarmos uma estalagem para pernoitar? Será que este... nativo... poderia nos indicar um lugar adequado?

- Vamos seguir para a casa do Emir, encontraremos comida e abrigo por lá.

Jean:

- Qual será a natureza de nossa parola com o Emir?