O mercenário

Depois do falatório do capitão Aaron vai dormir no quarto comum, afinal o seu camarote ainda está cedido para a elfa. 
Aaron dorme bem e acorda cedo. A maioria dos demais ainda dorme. A manhã raia tranquila e os primeiros raios de sol surgem pelas janelas do lado oposto do quarto

Acordo e me lavo no tal banheiro, e antes mesmo de tomar café saio à procura de Jean para lhe falar em particular.

Você lembra que Jean está dormindo em um dos camarotes, embora não tenha certeza se ele já acordou. Quando você sai do banheiro, alguns outros marinheiros estão entrando e o cumprimentam. Ao voltar ao quarto, alguns ainda dormem, mas muitos já levantaram.

Parto então para o refeitório para ver se avisto Jean por lá.

Ao chegar no refeitório, você não avista Jean, mas Roque (o bardo, colega de quarto de Jean) já está lá.

Me aproximo de Jean e falo:

- Jean preciso lhe falar em particular. É importante.

Off: O Jean não está lá,  só o Roque.

Off - Foi o sono... Vamos lá de novo:

Aceno para Roque:

- Olá Roque, viu Jean esta manhã?

-Claro, ele está tomando banho. Já já aparece por aqui.

E, logo a seguir, realmente Jean aparece no refeitório.

Aguardo Jean aparecer conversando trivialidades com Roque. Quando Jean aparece, peço licença a Roque, caminho em direção a Jean e lhe pergunto:

- Jean, podemos conversar em particular?

Jean concorda com a cabeça e o segue em silêncio.

Em um local adequado e longe de ouvidos falo a Jean:

- Tenho algo a contar a vocês, mas decidi revelar primeiro a você para evitar um grande mal-entendido, poderás pensar que estou aqui por sua causa, o que não é.  Lamento ter tido que mentir, mas foi para preservar a integridade do meu amigo capitão Bernolle. Me apresentei a todos como sendo o marinheiro Aaron Gardner, mas na realidade sou o Grande Ragnar Rook!
* Faço pose de imponente ao revelar o nome.

- Peço perdão se parecer descortês, mas como você sabe de onde venho e parte de minha história, sabe também que não tive muito conhecimento do resto do mundo nos anos felizes de minha vida. Então não me lembro de ter ouvido seu verdadeiro nome. Mas como alguém que também mente a respeito da própria identidade, acredito que tenha seus motivos e que não cabe a mim questioná-los, se não está contra mim.

Olho para Jean com cara de contrariado e falo:

- Nunca ouviu falar de mim sr Jean? Impossível! Pelo seu sotaque sei que és arlesiano. Na realidade isso é tudo o que sei a seu respeito, mas esclareceremos isso daqui a pouco! mas me diga por favor! Nunca ouviu em Aratere sobre o caçador de piratas, o maior caçador de recompensas de toda Ytarria Ragnar Rook? É de Aratere mesmo que o sr vem?

Ele responde:
- Sim, sou de Araterre, mas tive uma infância... digamos... feliz demais. Nunca soube de caçadores de recompensas, nem do senhor e nem de outros. Essas coisas não me interessavam no passado. Embora agora me interessem muito. Está atrás de alguém específico?

- Piratas. Mas essa é uma missão nova, foi o Emir quem nos deu. Vim aqui salvar o capitão Bernolle, e nisso fui bem sucedido, e ainda de quebra ganhei outra missão! E também porque já estava famoso demais dentre aqueles que capturo, puseram minha cabeça a prêmio, veja só! Um caçador de recompensa sendo caçado! Esses bandidos não conhecem limites! Mas quando menos esperarem eu os colocarei no calabolços de Sanjar! Aí vamos ver quem caça quem.
Mas chega de falar de mim, falemos de você: Do pirata Faca Negra e seu irmão Ted Spears e a sua captura digna de canções de bardos o senhor obviamente já ouviu falar não é sr Jean?

Jean responde:
- Não sei nada sobre piratas. Lamento muito não poder ajuda-lo a esse respeito, se procura informação. Exceto se precisar de ajuda para defender o navio deles, pois não carrego um sabre na cintura para enfeite, embora não o saque levianamente.

- O Sr devia viver em uma concha Sr Jean! Mas deixe-me esclarecer como o que sei sobre o Sr! Sei que é um sujeito confiável e que não mexeu em minhas coisas que deixei sob sua guarda. Se tivesse mexido eu saberia. Vamos a sua cabine e vou te mostrar o porquê dessa afirmação, e também esclarecerá o porquê de eu temer que o senhor pensasse que eu estaria aqui por sua causa!

* Solto uma risada alta e falo:

- Monsieur Jean. Ou Frederic. Não sou um agente da Lei. Sou o maior caçador de recompensas de toda Ytarria! E isso significa que eu tenho um preço. E definitivamente 5 moedas de ouro não é o meu preço. Não querendo te menosprezar, mas o senhor vale muito pouco, cinco moedas não paga nem o que gastei para termos essa conversa! Eu não lhe entregaria nem se cruzasse por acaso com o mandante de sua captura. Meu trabalho tem um preço, e eu não o diminuo por nada. Um conselho: Se você é bom em algo, nunca faça por menos do que vale o seu serviço. Por cinco moedas eles que te peguem. Torça para que o próximo cartaz que eu encontrar não diga cinquenta, ou melhor, quinhentas!
* dou outra gargalhada!
- Ah sim uma coisa: Além de mim o Capitão também sabe do seu pequeno segredo. Trouxe o cartaz a bordo para mostrar a ele. Temia que algum marujo visse e o reconhecesse. Eles sim iriam até o inferno por cinco moedas. Não eu! Eu que tomei o Navio de Faca Negra e capturei Ted Barba Ruiva.
- Bem Sr Jean, fique aliviado, não foi dessa vez. Porém como caçador de recompensas, minha amizade também tem um preço!

- Vou precisar da sua espada. E também do braço que a maneja tamb