O Condenado.

Relembrando a primeira mensagem :

Depois das orientações do capitão Bernoulle, Yin vai dormir no quarto comum com os demais marinheiros e seus companheiros estivadores que embarcaram: Armin, Samir e Ahmad.

Yin dorme bem e acorda com a movimentação dos demais marinheiros que estão levantando. Alguns já estão saindo tomados banho do banheiro. Muitos ainda dormem, incluindo seus companheiros, embora a maioria dos demais já tenha levantado. 

A manhã raia tranquila e os raios de sol já estão entrando pelas janelas do lado oposto do quarto.

Yin comenta, curioso.
-"Vocês não sabiam? É por isso que ele faz estes estalos esquisitos. Certo, Roque?"

Roque confirma com a cabeça.

Karstark, o mago de voz estranha, balança a cabeça, como que não acreditando nisso:
-Pelo amor de seja lá qual for o deus de vocês, é serio que vocês não perceberam que ele é cego? É sério mesmo?!

Owin mantém uma postura digna, recuando levemente com a fala do mago.

Aaron responde:
-como eu ia saber que ele é cego se enxerga melhor que muita gente! Achou até um vão na minha lonriga na noite em que o testei! Se cego faz isso imagina se enxergasse!

Karstark, o mago, com sua voz sombria, responde:
-Se não fosse cego ele não ia ser tão bom assim. Ele por cego aprendeu a usar seus outros sentidos mais eficientemente que muita gente.

Yin interrompe:
-"Com licença, sou novo no navio e perdoem minha ousadia, mas ele não provou que é capaz, mesmo cego? Eu gostaria de ter ele ao meu lado contra os piratas. Não entendo por quê ainda não decidiram aceitá-lo no navio."

Aaron responde:
- Por mim ele fica.

O capitão se aproxima de Owin. passa as mãos lentamente na frente dos olhos dele sem haver reação dele. A seguir mexe mais rapidamente, produzindo ruído, no que Owin prontamente acompanha o movimento e começa a estalar a língua e entra em estado de alerta e a seguir retomou uma postura mais calma. Você não ouviu o barulho da mão se mexendo mais rápido, da distância que está e com o barulho que está sendo feito pela movimentação no navio, mas supõe que Owin tenha ouvido.

-Impressionante, muito impressionante -disse o capitão-. Diga rapaz, se sente confiante o suficiente para embarcar conosco e enfrentar piratas? Você sabe que o serviço neste momento é este, não sabe?

Owin responde estufando o peito:
-Com certeza senhor. O tempo que demorou pra vocês perceberem minha cegueira certamente demonstra minha competência. Claro que não serei útil na cesta da gávea, para perceber uma ilha próxima ou um navio ao longe. Mas, ao alcance dos meus ouvidos, estou certo que sou pelo menos tão competente quanto qualquer um aqui!

-Muito bem então -diz o capitão- suba as escadas atrás de você e procure os homens sentados em uma mesa. Eles lhe dirão os nossos termos e, concordando com eles, você pode receber um pequeno adiantamento e ir para o lado oposto do navio para procurar um lugar para dormir. Aconselho que tome um tempo para conhecer o navio em detalhes, para reduzir as chances de tropeçar em algo na hora da batalha.

Owin responde, empolgado, batendo uma continência.
-Não precisa se preocupar comigo senhor!

O capitão comenta:
-Esqueça a continência, não somos da marinha, somente um navio mercante. Essa caça a piratas é somente algo excepcional que precisamos fazer.

Owin responde:
-Desculpe senhor.

O capitão:
-Tudo bem, agora vá.

O capitão volta para a mesa e Owin vira em direção às escadas e começa a estalar a língua e caminhar confiante em direção ao fundo do navio.

Yin sorri satisfeito com a decisão do capitão. E como Yin já almoçou na taverna, decide ir até seus amigos estivadores e rendê-los no trabalho para que eles possam ir comer algo. E assim, ele passará o resto do tempo, auxiliando o mestre mercador até zarparem.

[OFF: como você sugeriu pelo chat do face, estou encerrando as atividades do Yin. Se surgir algo, não hesite em interromper as atividades do Yin. /OFF]