Har´Blatz

Relembrando a primeira mensagem :

ATENÇÃO: se este não é o tópico do seu personagem, por favor, não continue. E, por favor, não leia os tópicos dos outros personagens.

Iniciativa Própria: caso você precise ou ache necessário realizar algum teste específico durante uma ação, o faça, não precisa solicitar ou esperar que o mestre solicite.

Lembrete do comando para jogada de dados: [ roll=”D6”]3[/roll] – sem espaços, o valor ‘3’ indica a quantidade de dados.

Trilha Sonora da Intro:
Peter Schilling - Major Tom

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ATO I: New Texas

CENA I: O Cargueiro Hopeless: viagem e pouso em New Texas

A viagem no cargueiro Hopeless é lenta e tranqüila. Ele é enorme, com quase 184 metros de comprimento e 25 metros de altura e conta com uma tripulação por volta dos 60 homens.

Cerca de dois terços da carga física do cargueiro são de contêineres com o logo da Minérios Intergalácticos S.A., a maior empresa petro-mineradora deste lado da galáxia. O restante é de mantimentos e bens pessoais dos colonos e viajantes com destino a New Texas.

Conversas entre a tripulação revelam que esta será uma viagem lucrativa. Dizem que um grande carregamento de minérios os espera para a viagem de retorno.

Boatos também dizem que o cargueiro era originalmente uma nave de batalha classe-axalon desativada que o capitão ganhou em uma mesa de pôquer. O fato dos cargueiros padrões possuírem um par de canhões para afastar os asteróides maiores só faz o boato parecer verdadeiro.

Desde sua última parada, o cargueiro está a três semanas viajando, sem pausa. Tempo mais que suficiente para os passageiros se conhecerem e se estranharem.

Dois viajantes estão em uma cela improvisada há cinco dias desde que beberam demais e causaram transtorno para uma família de colonos. Se não fosse pela intervenção dos seguranças da Minérios Intergalácticos, a situação poderia ter terminado em tragédia.

Pode parecer estranho, mas Vincent Benedict, o dono da Minérios Intergalácticos está no cargueiro. Ele é muito alto, passando fácil dos dois metros de altura. E é muito amigável com a tripulação e os passageiros. Sempre acompanhado de Beatrix Weaver, uma garota de pele esverdeada, gosta de festejar e mais de uma vez abriu alguns engradados pessoais de boa bebida. Dizem que cada garrafa aberta vale o salário de um ano de um mineiro.

Há algumas horas o capitão avisou pelos comunicadores que estavam quase chegando a New Texas. Os passageiros começaram a arrumar suas coisas e deixarem seus quartos e se juntarem próximos da saída da área da carga. Quase cem passageiros das mais diversas raças e etnias estão ansiosas para pisarem finalmente em terra firme.

Solavancos sacodem o cargueiro na reentrada. Algumas pessoas se assustam, mas nada de alarmante. Cerca de trinta minutos depois é possível sentir a velocidade diminuir quando um grande solavanco revela que o cargueiro pousou.

A porta traseira se abre, formando uma rampa. Um grupo de pessoas aguarda no final da rampa. São agentes da lei local. Enquanto a tripulação auxilia os passageiros a se organizarem, um dos agentes da lei grita:

-“Bem vindos a New Texas, terra de novas oportunidades! Por favor, façam fila para registro! Por aqui, com calma! Façam fila...”

Do lado de fora, pode-se ouvir a fina chuva que cai.

ATENÇÃO: o trecho acima pode sofrer alterações quando os próximos jogadores entrarem. Eu avisarei quando isso ocorrer.

. . .

Har´Blatz foi muito bem treinado pela sua ordem. Tornou-se um exímio curandeiro. Sua devoção em ajudar os necessitados o levou a viajar de planeta em planeta. Sempre espalhando as palavras da ordem e a dádiva da cura de Katrel.

Os planetas mais necessitados de sua ajuda ficam na orla da galáxia. Har´Blatz e outros da sua ordem foram selecionados e enviados para alguns destes planetas. E New Texas seria seu destino, o planeta mais afastado da orla deste lado da galáxia.

Har’Blatz está no seu quarto orando. O capitão anunciou a aproximação de New Texas. E Har´Blatz continuou orando. A nave sacudiu na reentrada. E Har´Blatz permaneceu ajoelhado no corang, inabalável. O cargueiro pousou. E Har´Blatz ainda estava em oração.

Ele permaneceu a maior parte da viagem em oração. Saindo apenas para necessidades básicas. E uma única vez para cuidar de uma família de colonos que adoecera durante a viagem. Suas orações pediam por forças para cumprir sua tarefa no planeta.

Já faz um bom tempo que o cargueiro está pousado. Har´Blatz termina suas orações. Arruma seus pertences, guarda seu tapete cerimonial e sai da cabine. Passa por corredores pouco movimentados. Chega ao compartimento de carga e vê uma pequena fila. Algumas pessoas uniformizadas fazem sinal para ir para a fila.

Har’Blatz sabe que New Texas tem apenas uma clínica. E é para ela que ele deve se dirigir.

Vou tentar fazer o melhor que posso. Tento falar, apaziguando os ânimos:

- Por favor, parem de atirar! Deixem-me tentar salvar a moça, não é preciso termos mortes aqui. Já mostraram quem é que manda e ambas já aprenderam que não devem se meter com a lei. Se me deixarem salvar a que está baleada, a irmã não atacará ninguém e sairá sem resistência, não é verdade?

E olho para Lilian, meio que suplicando que confirme o que prometi.

Vou tentar novamente um teste de Diplomacia 15.

Arabedoido77 efetuou 3 lançamento(s) de dados D6 :

1 , 1 , 2

Os agentes apontam armas para você também. Katherine ergue a arma, mas suas palavras a fazem repensar. Ela não dispara.
Comandante Kane ordena:
-'Parem! Não atirem! Você, pequena, abaixa a arma! Só assim poderemos prestar socorro para a moça!"
Katherine abaixa a arma. Imediatamente, dois agentes a desarmam e a rendem, deitando-a nada gentilmente no chão, algemando-a. Os demais agentes abaixam as armas.
-"Vamos, doutor, veja o que pode fazer!", mais em tom de ordem do que em pedido, Kane se dirige a você.

Fico de mãos levantadas em sinal de paz quando as armas se apontam para mim e depois da ordem, baixo lentamente e deixo a mão direita longe da pistola para que ninguém interprete a ação como uma ameaça. Então, me aproximando da vítima, digo para a comandante:

- Sim senhora, como quiser. Farei meu melhor por ela. E obrigado por me permitir tentar salvá-la.

Estando sem os equipamentos, vou tentar a xenocura, caso ainda esteja viva, para recuperar o máximo que puder dos ferimentos dela e estancar qualquer sangramento.

Lembrando: FP 9 e xeno cura 17.

Arabedoido77 efetuou 3 lançamento(s) de dados D6 :

4 , 4 , 6

Infelizmente, não há sinais vitais. Pelo estado da armadura, você percebe que ela sofreu perfurações múltiplas. Os projéteis entraram, mas não saíram, ricocheteando dentro da armadura. Seus órgãos internos viraram geleia. Se ela não estivesse de armadura, talvez teria sobrevivido. Não há nada que você possa fazer. Foi morte instantânea.

Viro para a comandante Kane, me levantando e digo, desanimado:

- Perdoe-me, mas não há nada que possa ser feito por ela, foi morte instantânea. Uma vida sagrada que se foi.

Você nota que a irmã da falecida se contorce de pânico, jurando que vai acabar com a vida de todos. Ela é contida pelos seguranças e levada de lá.

Comandante Kane diz:-"Desculpe pela cena, doutor. Algumas pessoas acham que a vida é igual videogame. Agora, me diga, o que estava fazendo com esta inconsequente? O que ela fazia dentro das minas? Sei que ela veio contigo, mas está muito suspeito."

Respondo para a Comandante:

- Está tudo bem. Como eu disse, não interfiro no trabalho alheio, prefiro viver e deixar viver, como dizemos em minha cultura. Quanto às duas, as encontrei na nave, elas dirigiram o veículo que nos trouxe até aqui. Quando aconteceu a explosão, nos separamos. Fiquei ilá fora prestando cuidados aos feridos e elas saíram de perto de mim. É tudo que posso dizer, realmente não sei o que vieram fazer aqui dentro.

Ela faz um sinal para que aguarde enquanto ela aperta seu comunicador e ouve algo.
Então ela continua:
-"Parece que acharam algo nas minas. E creio que tem algo a ver com sua motorista."

Respondo para ela:

- Quer que eu acompanhe? Estou à disposição.

- Claro. Não pretendo me retirar do planeta, de qualquer forma.

Então, me retiro para fora da mina junto de Dixie e do outro dingo.

Você encontra Dixie o aguardando, toda ansiosa e preocupada. O outro dingo não está no local.
-"Doutor! Que coisa horrível! ...awr... executaram aquela mulher! Tadinha da irmãzinha dela, está sozinha agora...awr..."

Ainda abalado com o que aconteceu, vou dizendo para ela:

- Sim, foi horrível. Imagine para mim como foi ver aquela morte acontecer bem na minha frente. Parece que nada é sagrado para os homens da lei por aqui, mataram a moça sem pensar. Mas ela também procurou esse destino. Tentou atacar a Comandante, por isso acabou morta. Uma grande perda, seja como for.

Depois, olhando em volta, pergunto:

- Onde está o outro? Gostaria de ter uma descrição de quem ele viu sabotar a mina. E também dizer a ele que não contei nada para a comandante, assim como prometi.

- Entendo. Bom, ele sabe onde nos encontrar e se for preciso, podemos mais tarde encontrá-lo para mais perguntas. Melhor agora ir para o trailer e ficar por lá. A comandante já me tem por possível suspeito por ter vindo aqui na companhia da moça que foi morta. E é bom não provocar as autoridades. Lembra do que falei sobre eles acabarem não sendo bons amigos nem bons inimigos. A prova está aí.

Vocês seguem até o trailer. No caminho, percebe um outro trailer, de grades, onde há uma pessoa presa dentro. A irmãzinha da moça executada. Ela está bem quieta, sentada, abraçando as pernas. Há um guarda ao lado da porta.

Dou uma parada junto ao trailer e falo com o guarda:

- Com licença. Permitiria que eu desse uma olhada na moça. Apenas procedimento médico de rotina, para ver se ela precisa de um calmante ou algo assim? Claro, se isso não for trazer problemas para nós.

Ele olha para você, então olha para a mocinha, pensa um pouco, e diz:
-"Ok! Pode ir. Seja rápido."
E ele abre a grade do camburão.

Vou até ela e verifico seu estado emocional, se vai precisar ou não de algum calmante ou algo do tipo. Se for preciso, peço para ele esperar um pouco para ir buscar no trailer e volto com o medicamento. Nada que a faça dormir ou a deixe sedada, somente para que fique mais calma e mais estável emocionalmente. E anoto o que foi pego lá para dar satisfação à comandante ou quem quer que seja depois.

Se o guarda perguntar algo quando for dar o remédio, mostro para ele o que é, tudo bem às claras.

Medicina 15

Arabedoido77 efetuou 3 lançamento(s) de dados D6 :

6 , 4 , 3

Ela parece não perceber sua presença enquanto a examina. Sua expressão é serena, com a maquiagem escorrida pelas lágrimas. Ela murmura uns sons inaudíveis. Pelo estado, ela parece ter recebido uma forte dose de calmante dos guardas. Há alguns arranhões e manchas roxas pelos braços e rosto, resultado da contenção à força que ela sofreu no episódio anterior.

Se for preciso, como já está sedada, apenas limpo os arranhões e a deixo em paz me retirando. Não quero arranjar confusão com os guardas.

Ao sair, agradeço ao guarda:

- Obrigado por me deixar vê-la. Parece que ela está bem, pelo menos como se espera de alguém que passou por esse tipo de experiência. Se precisar de algo, estarei ali no veículo médico.

Então me retiro juntamente com Dixie, comentando:

- Foi realmente algo lamentável, mas muito além de nosso controle. Melhor focar agora no que viemos fazer aqui. Seria interessante procurar aquele que conversou conosco. Talvez ele possa nos dar mais alguma informação sobre quem causou o acidente.

Antes da Dixie responder, a menina de dentro do veículo-prisão, estica de repente seu braço para fora das grades e te alcança no ombro. Ela te puxa e sussurra: -"Por favor, me tire daqui! Preciso vingar minha irmã! Você sabe que foi um assassinato e ninguém fez nada! Por favor, me ajude...", e cai em prantos novamente, relaxando a mão que o agarrou.
Dixie está paralisada de medo com a cena, possivelmente pensando o pior.

O guarda rapidamente o retira de um novo alcance dela, mas apenas coloca a mão no coldre, percebendo que ela tentou nada mais grave. Ele lhe diz: -"Tudo bem, doutor? Tenha mais cuidados com este tipo de pessoa."

Rapidamente respondo para o guarda, ainda um pouco assustado:

- Sim, estou bem, muito obrigado. Não acredito que ela fosse tentar algo, mas sabemos que pessoas nessas condições podem tomar atitudes inesperadas.

Então, pensando um pouco digo para ele:

- Acho que vou me odiar por dizer isto, mas realmente acredito que o melhor é que ela fique aí para a própria segurança. Por favor, avise-me se ela ficar agitada que trarei algum calmante.

- Bom trabalho para o senhor.

E então, sinalizo para Dixie para irmos, voltando ao plano anterior.

E você e Dixie vão procurar o outro dingo.

Algum tempo depois vocês o vêem, junto de outros dingos. Estão cabisbaixos.

Chego até onde eles estão e tento começar a conversa, me dirigindo àquele que falou comigo antes:

- Olá. Desculpe pela súbita interrupção naquele momento, mas sabe como precisamos obedecer as autoridades, seja como for. E pode ficar tranquilo, não disse nada para eles, o segredo está seguro, conforme prometi. E Dixie aqui é testemunha de que não contei nada.

Fico meio espantado com o que ele relata:

- Como é, tentaram matar o delegado? Quando foi isso, agora? Se foi, é preciso ir até lá agora. Quer me acompanhar também, pelo menos me colocar a par de quem é o culpado pelo atentado aqui? Pode deixar que protegerei sua identidade.