Mares de Araterre - Parte 4b - Os serviçais

Relembrando a primeira mensagem :

https://arenagurps.forumeiros.com/t35-mares-de-araterre-parte-4-em-al-wazif#551

Marinus permanece no porão descascando batatas junto com o garoto clandestino.

Depois de um bom tempo, o garoto, colega de porão de Marinus, cansado de descascar batatas em silêncio, tenta puxar assunto.
-E aí? Qual a sua história? Porque está aqui descascando batatas?

marinus: Marinus fica confuso com as coisas estranhas mas lembra-se de do garoto falando que a água caia em cima dele, então aonde se toma banho deveria ser em baixo do disco estranho. Com um olhar mais cuidadoso Marinus observa os furos e raciocina que a água deve sair deles, agora ele procura alguma coisa que possa acionar o mecanismo que soltará a água.

(Faça um teste de IQ: em um sucesso, você fuçou um pouco e descobriu como fazer; em um fracasso, você fuçou e não descobriu como faz e vai ter de perguntar pra alguém; se ocorrer falha crítica, você quebrou algo no banheiro)

Você olha o equipamento. Cutuca o círculo com furos e cai um pouco de água dele. Sacode mais e cai mais um pouco de água, mas longe de ser o suficiente para tomar banho. Você olha pra parede, pra cruz e pensa se aquilo poderia fazer algum efeito. Você puxa então cai mais um pouquinho de água, então você puxa mais forte, sem sucesso. Você imagina que pode ter emperrado, então puxa com mais força ainda. O mecanismo se rompe, você cai pra trás, pra cima da parede/porta da caixa de vidro, que se quebra em minúsculos caquinhos, lhe dando pequenos arranhões e lhe fazendo sangrar e se assustar. A água sai com força de onde estava a cruz. A água enche o banheiro e lava o seu sangue, ficando avermelhada e escorrendo porta afora.

Nisso, os Kobolds entram sobressaltados no banheiro. Lhe encontrando no chão, atordoado, cheio de cacos de vidro.

-O que aconteceu aqui! O que houve?

Marinus:
Enquanto marinus ainda está em pé caindo na porta ele tenta se equilibrar com os pés, mas escorrega na água e só piora a situação perdendo todo o controle do seu corpo que quebra a porta de vidro. Ele entra em total desespero por ter quebrado as coisas no banheiro e tenta se reerguer o mais rápido possível mas agora ele olha novamente ao chão e percebe que a água está ensanguentada e começa a sentir as dores do impacto e dos cortes, que tinham sido amenizadas pelo susto.

Quando os Kobolds entram no banheiro Marinus está em estado de panico caído no chão e só consegue gesticular algumas silabas soltas e sem sentido.
Depois de alguns segundo ele retorna melhor a sua consciência mas agora está com medo do que farão com ele por causar este desastre e responde a pergunta dos Kobolds:
-N-n-não sei explicar direito.. -diz pondo a mão esquerda na cabeça e tentando se levantar com a direita- Eu puxei o negócio ali e a água começou a sair com força, eu cai...

-Puxar?
Um dos Kobold olha pra parede que esguicha água em profusão.

-Santo Pai! Kaskudo, esse rapaz é mais pancada que você!

Katraka o repreende:
-Deixe de graça Karamujo, e feche logo esse registro antes que acabe a água!

Karamujo resmunga:
-Tá bom, Katraka, já vai, seu afobado!
Ele chega então perto de uma peça metálica em forma de octógono (fazendo caretas arremedando o irmão no processo, mas de costas pra ele) e mexe nela, fazendo a água parar de espirrar.

Enquanto isso, Katraka se vira pra outro dos irmãos.
-Karrapato, vá atrás do Monsenhor Baptiste para ele cuidar dos ferimentos do colega!

Kataplam se aproxima de você e o ajuda a levantar.
-Vem, deixa Kataplam te ajudar.

(Off.: e com isso te dei o nome dos 5 irmãos)

Marinus:
Logo após terminar de falar Marinus já começa a se sentir melhor e se lembrar de maneira melhor do acontecimento. Ele se sente alguém inútil quando vê o quão simples era liberar a água pelo jeito que Karamujo fez pra fechar, procura suas roupas envergonhado e segue Kataplam.

Kataplam lhe ajuda a se levantar. Pega suas roupas encharcadas, se sacode para se secar um pouco, veste as calças para cobrir suas "vergonhas" e sai para o quarto, conduzido por Kataplam. No quarto o garoto lhe espera com uma bebida quente e Kataplam o faz se sentar em um caixote pequeno.

Alguns minutos depois, aparece Monsenhor Baptiste.
-Muito bem. O que aconteceu aqui?

Marinus:
Marinus diz com a cabeça baixa, evitando totalmente olhar para o Monsenhor:
-Eu fui tentar tomar banho, mas.. eu não consegui.. quebrei tudo, me desculpe senhor.. Se quiser pode me mandar embora do barco...

O monsenhor não fala nada. Ele entra no banheiro para entender o ocorrido, depois retorna. Pára. Lhe olha de cima a baixo dando a volta a seu redor.
-Hmmm... Esse vidro é mesmo muito bom, veja só, só ficaram pedacinhos. Um vidro comum possivelmente teria se cravado fundo em sua carne e causado algum ferimento grave em vez desses arranhões insignificantes.

Ele então faz o sinal da cruz, mais alguns gestos e fala algo em latim.
-Cicatricum harum sanaret.

Então seus minúsculos ferimentos, que se encontravam espalhados por todo seu corpo, subitamente se fecham.

Monsenhor olha de novo pra você.
-Esses vidros não são baratos. Você terá de pagar por eles, então não o expulsarei do barco até que o prejuízo esteja reposto. Depois, veremos. E assim que o nosso ferreiro estiver bem, você irá ajudá-lo a fazer novos tubos para repor os que foram quebrados.

Depois se vira e pensa.
-Bem, você ainda precisa de um banho, não rapaz? Nem que seja para lavar este sangue que lhe recobre. Entretanto, até que o reparo seja feito, não se poderá usar este banheiro. Desse modo lhes autorizo, a todos vocês, a usar o dos marinheiros. Vou avisá-los e comunicar ao capitão.

Ele então olha pra você. Com um olhar entre bondoso e severo:
-E, da próxima vez que não entender algo, pergunte. Espero que você não quebre outro banheiro lá em cima ou os marinheiros podem querer lhe expulsar do navio... em movimento.

Dito isso, ele se retira. Lhe deixando com os Kobolds e o garoto.

Marinus:


Marinus fica assustado quando Monsenhor o cura, em primeiro momento quer pular para trás com medo daquilo que ele nunca viu, mas com mais medo de levar uma bronca ele permanece somente sentindo o efeito da cura e com os olhos fechados e uma expressão de aperto na cara, receoso pelo que pode acontecer a qualquer momento. Quando a sensação para Marinus abre os olhos devagar e respira fundo, não prestando muita atenção nas palavras de seu patrão, embora tenha pegado a essência da fala.


"Se concentre idiota, ou quer fazer mais algo errado? Ficar no barco até pagar o prejuízo, quem sabe ainda dá para dar uma boa impressão e continuar depois" (pensamento) 


Quando Monsenhor olha para Marinus ele fica envergonhado e abaixa a cabeça, evitando olhar nos olhos de seu superior a todo custo, e fica mais nervoso ainda, imaginando que deve estar vermelho de vergonha. 


------------------------------------
Ao ficar novamente sozinho com seus novos colegas Marinus permanece sentado e põe a cara entre as mãos, enquanto repete:
- Por favor me desculpem, por favor, não queria atrapalhar o dia de vocês.

-Bem -diz Katraka- Quer ir tomar banho lá em cima??

Marinus:
-sim, sim -Diz Marinus e depois segue Katraka até o banheiro, caso este lhe mostre o caminho.

Katraka lhe acompanha até em cima, levando uma muda de roupa e uma toalha junto.
O banheiro é como uma versão maior do banheiro de baixo. Mas com muitas divisórias com o equipamento similar ao do outro banheiro, só que não são de vidro. E as portas não são de correr, mas de abrir. Algumas baias possuem o equipamento Katraka fala com você:

-Deixa eu lhe mostrar como funciona isso aqui. A gente chama de chuveiro, porque é como se chovesse na gente. Olha. É só girar e começa a chover. Gira de novo e a água para. Ali tem sabão pra você se lavar. Desculpe se não lhe explicamos antes. Estamos tão acostumados que nem lembramos que a maioria das pessoas nunca viu um desses na vida.

Marinus: 
Marinus agradece a Katraka, pega suas roupas e a toalha e e entra no banheiro fechando a porta atrás de si.  Depois de por as roupas apoiadas em algum lugar, ele tenta girar o registro do chuveiro usando somente as pontas dos dedos, bem devagar e quase sem força temendo que faça algo errado novamente.

Ao usar só as pontas dos dedos, você sente a torneira dura e não consegue girar. Mas você viu como Ktraka mostrou e se lembra.

Marinus:
Marinus toma o banho «normalmente» mas com uma certa pressa, se seca e se veste, depois sai a procura de Katraka.

Você encontra Katraka no convés, olhando para o porto.

Marinus:
Eu olho para Katraka e paro por alguns segundos olhando a cidade a minha frente, me aproximo lentamente dele e fico no seu lado esquerdo a um passo de distância mais ou menos. Olho rapidamente para a sua cara ao meu lado e apoio minhas mãos na amurada do navio jogando meu peso nela e ficando um pouco inclinado para frente, dou uma bocejada e olho novamente para ele enquanto digo:
--O que faço agora Katraka?

Ele meio que dá de ombros.
-O que o Monsenhor mandar. É o que fazemos. Limpar o convés, limpar o banheiro, servir a comida, essas coisas.

Após uma pausa muito breve ele muda de assunto.
-Nem viste a briga que teve ali no porto né? Um cara quis brigar com a elfa, outro cara defendeu, foi o maior auê. No final o brigão foi a nocaute, mas o outro ficou meio baqueado também.

Marninus:
-Que droga! Não vi nada, estava tomando meu banho, queria ter visto.... Já foram todos embora?

-O cara nocauteado está ali. O outro, com a elfa e alguns amigos entraram por aqueles becos ali.

Nisso você vê um clarão como um fogo, que logo se apagar na direção em que Katraka apontou.

Pouco depois, você vê um outro clarão. Quase do outro lado da cidade, na parte mais elevada da cidade. Esse produz alguma fumaça e um clarão menor, que logo a seguir começa a se deslocar aproximadamente na direção do primeiro clarão, com que seguindo em direção ao mar. E então outro clarão no mesmo local onde apareceu o primeiro clarão. O clarão menor, em movimento, cruza então esse lugar onde apareceram os dois clarões ( o primeiro e o último ) e segue em direção ao mar.

Segue, quando possível.
Perdão pela pausa.

Você se dirige pra rampa do navio.
Katraka lhe pergunta:
-Onde você vai?!

Marinus:
- Eu preciso ver isto Katraka, não importa se terei problemas depois mas eu preciso ver isto katraka!

E marinus sai meio correndo, meio pulando pela rampa do navio em busca da origem do que o impressionou e atiçou seu extinto de aventura.