Os Bons e os Dedicados

Relembrando a primeira mensagem :

A vida no Brasil tem sido bem legal.

Embora os colegas da escola lhe chamarem de "Muchacha" no começo tenha sido irritante, sacudir uns colarinhos aqui e ali garantiram que você impusesse certo respeito. Dentro de um tempo curto já havia se integrado com algumas panelinhas e seu entusiasmo os impulsionou a abrir uma gibiteca, relativamente bem frequentada, dentro das dependências do colégio.

Marcos tem feito do QG da polícia sua casa e sua presença é cada vez mais rara, apesar de sempre manter contato telefônico. Detalhes sobre sua missão permanecem um mistério.

As atividades de luta contra o crime estão em alta na vizinhança, as capas do Meia-Hora estão lotadas de fotos de bandidos estropiados e manchetes debochadas em sua maioria pivetes e traficantes sem muita expressão. O jornal até  inaugurou a página "Sem Morcegação" onde publica cartas de leitores queixosos de sinais de violência.

Esses dias algo lhe perturbou muito: uma menina foi parar no hospital (alega-se que o motivo foi seguir o exemplo da Chiroptera) após ter causado um acidente automobilístico de grandes proporções e ser a única sobrevivente. Seu nome é Clara Câncio e de acordo com informações ela está no Hospital Geral de Bonsucesso.

Esse assunto tomou o colégio e você está indo visitá-la.

Eles sai andando e faz aquele sinal de "me segue" e sai entrando na porta redonda que abriu

Sigo ele bem confusa mas sem muita opção

Você entra no lugar, as paredes e o teto parecem aqueles "quadros" luminosos onde os médicos colocam as radiografias para analisar todas rabiscadas com piloto como se fossem um quadro branco com o que parecem ser cálculos matemáticos e formas geométricas desenhadas.

Tem portas à esquerda e à direita na mesma parede da do lugar de onde vieram que parecem portas de escritórios com plaquinhas de nome do que seria o cômodo.

Todo lugar parece um galpão, um bunker, dungeon ou coisa assim que se estende até muito longe só que a partir de alguns metros tudo está mergulhado em completa escuridão.

Ele abre uma porta à direita depois de três outras e dá um assobio para chamar sua atenção.

Corro atrás dele
-Onde estamos?

Ele já havia entrado na porta que te apontou. Quando você chega a fazer a pergunta ele responde:

Doutor escreveu:

Na cozinha, homessa! 

O ambiente parece a cozinha do MarterChef totalmente aparelhado e com a decoração identica.

Doutor escreveu:

Me diz... O que pretende fazer? Tacos, Chili, Tortilhas, Huevos Rancheros?

[Coloca um babador e senta numa mesinha ali]

Acarajé, Caruru, Tucupi, Vatapá ou uma receita original?

- Quê? Eu não vou fazer nada para ti. Não antes de você me explicar o que infernos está acontecendo, onde está Clara e o quê aconteceu com ela.

-Do quê você está falando?
Olho para ele confuso
-Nao, não quero que você cozinha nada para mon, apenas responda minhas perguntas.
Falo começando a ficar irritada

-Isso é um liquidifcador, serve para triturar frutas e outros alimentos, além de bater, misturar, sucos, massas, e afins.
Explico tudo o que ocorreu desde o momento que descobri sobre Clara até quando econtrei ele
(preciso escrever tudo?)

Ele coloca uns ovos inteiros com casca e tudo lá e sai abrindo gavetas pra pegar alimentos aleatórios (manteiga, carne enlatada, uvas, um peixe inteiro, queijo sal, farinha, etc) bate algumas coisas no liquidificador com um pouco de leite, amassa outras numa tigela batendo com um rolo de massa, com uma furadeira (!) faz furos no peixe. Depois distribui tudo em formas e joga no forno até a porta nem conseguir fechar e ele ter que forçar com o quadril pra entrar e ele girar todos os comandos do fogão.

Tudo isso enquanto você vai narrando cada detalhe o melhor que pode. 

Quando conclui essa parte ele pega um quadro negro de cavalete ali por perto (desses que restaurantes escrevem os pratos do dia e começa a desenhar.

Doutor escreveu:

Essa é você [desenho de bonequinho palito], essa é Clara (no hospital) [desenho de bonequinho palito com x.x nos olhos]

Alguma coisa aconteceu [desenho de interrogação] quando você foi até ela [linha ligando você ela e a interrogação]

Você foi pro passado [linha da sua boneca] no incidente que feriu a Clara [desenha outra boneca. com *.* nos olhos] e salvou ela [desenha um sorriso na bonequinha da Clara] mas [apaga a interrogação] o que você fez anulou sua viagem do tempo [apaga a linha da conectando a linha que ligava sua boneca a boneca da "Clara salva"].

Agora vem a parte realmente interessante porque a intrépida Chiro estava em dois lugares ao mesmo tempo!

Sendo uma heroína estava combatendo o crime em algum lugar [desenhou outra boneca com uma carinha zangada, depois pensou e desenhou orelhinhas de morcego tanto na voce que tinha desenhado antes quanto nessa]  no momento em que Cara se revelou Soltara voilá! BOOM! O fluxo tentou se realinhar e não conseguiu lá-aqui-ali-agora-depois-antes e aqui estamos.

Ele parece bastante orgulhoso da explicação e risca o quadro com vigor, sopra pó de giz no ar e vai olhar o forno que está brilhando como se pegasse fogo lá dentro

Presto atenção mas totalmente confusa. Após ele terminar, olho para o fogão e me afasto
-Acho melhor você desligar, acho que está pegando fogo ou algo assim.
Aponto para o fogão

-Que projeto? E o que eu faço? Eu tenho uma família, amigos. Eu me preocupo com a Clara, com meu pai.
Ignoro o sufle e procuro uma cadeira para sentar
-Tem que ter algo que possa ser feito

Ele parece apático, abalado com alguma coisa além daquilo em que você houvera dito. Sua ação seginte foi juntar toda a comida que havia preparado e se dirigir à mesa não sem antes acenar para que o acompanhasse. 

Quando tomam assento ele encara a refeição desgostoso mas ainda com fome dá uns sopros na tigelinha e começa a falar:

Doutor escreveu:

Detalhes do projeto tem haver com a natureza de nossa condição, minha jovem. Se lembra quando eu disse que não há nada lá fora? É porque de fato nada mais existe.

Por aqui ser um Campo de Tempo e Dimensão Relativas no Espaço ou T.A.R.D.I.S., que é a sigla na língua em que me familiarizei mais no seu planeta estamos a resistir. Resistir por assim dizer.

[Dá uma garfada e começa a falar com a boca cheia mesmo (com muita habilidade nisso até)] 

Percebeu a imensa escuridão lá fora? Estamos sucumbindo lentamente mas minha solução é juntar o que resta da força que nos mantém aqui e "gerar" um novo universo! Incrível, não?

Isso envolve cálculos insanamente complexos que nem eu compreendo em sua total magnitude mas os computadores tem me ajudado a suprimir variáveis e compilar simulações e se resistirmos uns bons milênios quem sabe... 

Ele vai comendo afoito até que para e te olha, olha para os restos do Soufflé e sussurra:

Doutor escreveu:

Clara... não é? Isso chega a ser irônico diante de algumas tigelas de Soufflé...

Nem toco na comida, apenas presto atenção no que ele fala
-Porquê isso chega a ser irônico? E tem algo que eu possa fazer para te ajudar? Eu não posso deixar de existir, eu tenho família, eu me preocupo muito com a clara, com a sociedade, com todos os meus amigos.

Ele sorri e relata num ar nostálgico.

Doutor escreveu:

É que esse nome tem certo significado pra mim, sabe?

A "Garota Impossível" *ri discretamente* quando a conheci estava preparando soufflés, ou algo próximo disso, fazia soufflés pra resistir ao mal. Um mal que eu prometi não ter que fazê-la precisar passar.

[novamente retoma um ar soturno]

Você, menina, não vai deixar de existir. Você por algum motivo foi preservada, porém tudo mais que conheceu já deve ter se desvanecido, talvez à uns cinco universos atrás.

Se for interessante podemos ver como te deixar num mundo tão parecido com o seu que não seria nem capaz de notar a diferença. Existem planetas tão similares entre si, tão repetitivos em tantos aspectos que são indiscerníveis um dos outros

[Essa ultima parte é falada como se fosse um vendedor]

-Eu quero voltar ao meu mundo.
Olho para baixo um pouco triste
-O que que faremos agora?

O buraco no teu braço está incomodando de verdade mas você vem segurando a onda estoicamente até então vez ou outra você olha a toalhinha cada vez mais encharcada e vai ficando até meio grogue.

[Está perdendo PV há um tempo mas não precisa marcar nada por enquanto]

Doutor escreveu:

Entendo, pequenina, entendo. [Ele acaba de matar o sufflé que estava a comer e tampa as caçarolinhas onde estavam os outros três]

Sua presença aqui é algo estranho que precisa ser investigado. Em tese era pra você ter sumido pela onda de choque deflagrada por você mas... Aqui estamos!

[Empilhar as caçarolas umas sobre as outras e vai carregando, pede pra você  abrir a porta por onde entraram]

Abro a porta por onde viemos
-Antes de continuarmos, preciso fazer um curativo aqui no meu braço, tem algo ai para eu fazer isso?

Doutor escreveu:

Não, não.... Espera

[Põe as caçarolinhas no chão e ajeita a roupa]

Deixa eu ver isso

[Pega seu braço e tira a toalhinha, o sangue seco meio que gruda na sua pele e ela sai como um esparadrapo]
[Ele faz uma careta, tira e parte pra esfregar as mãos rapidamente]

Tudo bem... Isso pode ser um pouco estranho pra você mas fique firme!

Ele começa a brilhar e de alguma forma o brilho vai passando pra você que explode da mesma forma que Clara daquela vez (é uma regeneração de senhor do tempo)

Você "volta" curada, fresca como se tivesse saído do banho e vestindo uma fantasia de Chiroptera cinza escura com detalhes em cromado e capa preta.

Me controlo para não me assustar e quando eu "volto" e olho minha roupa eu olho para o doutor
-Roupa errada!

Doutor escreveu:

Woa! Isso foi inesperado...

Mas talvez revele um pouco sobre sua natureza, ou não? *fica um pouco pensativo*

Em todo caso... Vamos ver, aquele jornal! Onde está?

Hmmmm... Sala de Controle! Vamos!

[Pega sua mão e volta pelo corredor] 

Ele entra por uma porta que não era exatamente a de onde vocês vieram onde está escrito "VESTIÁRIO".

-Porta errada!
Falo um pouco gritado enquanto sou puxada por ele

Ele te solta e entra, minutos depois volta usando uma capa, máscara de carnaval de Veneza e uma cartola.

Doutor escreveu:

Agora sou um combatente do crime e você minha intrépida ajudante!

Se esconde atrás da capa e vai até a porta certa fazendo aquelas poses galhofeiras.

Eu coloco a minha mãe na minha cara (facepalm)
- Não, eu não sou tua ajudante nem nunca serei.
Sigo ele mas lentamente

Ele se move pela sala fazendo "efeitos sonoros" com a boca e revirando as coisas do chão.

Ele pega um caderno seu da escola e vai desfolhando, cata uma caneta e risca algumas coisas, sinta-se à mesa, escreve outras como se estivesse revisando seus exercícios. 

[SIM, ele é muitíssimo dispersivo!]

Como a folha de jornal foi muito impactante, apesar da muvuca você vai exatamente onde ela está caída e pode ir lá catar. 

Doutor escreveu:

Esse lance de Herói é novo pra mim... Pode ser minha parceira, escudeira, avalista, acessora, consultora, suporte...

... Temperatura de fervura da água dos mares de Santragino V é de 832 graus Yopgarn que em Celsius deve ser...