Os Bons e os Dedicados

Relembrando a primeira mensagem :

A vida no Brasil tem sido bem legal.

Embora os colegas da escola lhe chamarem de "Muchacha" no começo tenha sido irritante, sacudir uns colarinhos aqui e ali garantiram que você impusesse certo respeito. Dentro de um tempo curto já havia se integrado com algumas panelinhas e seu entusiasmo os impulsionou a abrir uma gibiteca, relativamente bem frequentada, dentro das dependências do colégio.

Marcos tem feito do QG da polícia sua casa e sua presença é cada vez mais rara, apesar de sempre manter contato telefônico. Detalhes sobre sua missão permanecem um mistério.

As atividades de luta contra o crime estão em alta na vizinhança, as capas do Meia-Hora estão lotadas de fotos de bandidos estropiados e manchetes debochadas em sua maioria pivetes e traficantes sem muita expressão. O jornal até  inaugurou a página "Sem Morcegação" onde publica cartas de leitores queixosos de sinais de violência.

Esses dias algo lhe perturbou muito: uma menina foi parar no hospital (alega-se que o motivo foi seguir o exemplo da Chiroptera) após ter causado um acidente automobilístico de grandes proporções e ser a única sobrevivente. Seu nome é Clara Câncio e de acordo com informações ela está no Hospital Geral de Bonsucesso.

Esse assunto tomou o colégio e você está indo visitá-la.

Basicamente é aquilo que o médico narrou para você. Tem uma parte que detalha a ocorrência em que ela se envolveu: A paciente tentou abordar o caminhão da empresa Cyberdyne LOG, acusada de operações ilegais na sessão de cartas à vigilantes Chiroptera do jornal Meia-Hora. Se envolveu em conflito com um comboio de vigilantes armados que acompanhava o veículo de carga, um dos disparos de aviso atingiu o tanque de combustível de um dos veículos que explodiu, os outros empreenderam fuga e a atropelaram.

Solto um suspiro, me sentido um tanto culpada por isso e falo baixinho
-Eles vão pagar por isso
Depois disso vou e me sento e espero

Chega uma enfermeira carregando um maquinário com metade o tamanho de uma maca.

Enfermeira escreveu:

Tubo bem, meu amor!

Fica bem tranquila, hein? Dói nadinha... Esse aparelho aqui vai infundir sangue diretamente na outra menina ali.

Ela é sua irmã, parente?

-Conhecida. 
Olho para a maquina
-Você acredita que exista alguma chance de ela se recuperar completamente?

Ela fica com um ar pensativo e responde:

Enfermeira escreveu:

É... A esperança é a última que morre, foi um milagre ela sobreviver a essa irresponsabilidade.

Vai ser uma luta por dia se ela sair dessas. Queria saber o que esses abutres do jornal e essa outra criança que deram gás pra ela fazer isso vão fazer agora! É muita loucura, tadinha

-O pessoal do jornal não vai fazer nada, infelizmente. Que outra criança que você está falando? Chiroptera?

-Mas porquê você acha? Até onde eu sei ela está fazendo mais que a policia.
Paro um pouco
-Mas a gente não está aqui para conversar né?

Ela te olha de canto com uma expressão de deboche e segue ajustando o aparelho.

Enfermeira escreveu:

Ta certo! Vou ajustar aqui o equipamento e dar uma olhada nos outros pacientes. Qualquer coisa estarei por perto.

Então ela faz uns ajustes no maquinário de suporte da Clara e segue pra fora.


Passam-se uns minutos sem a presença de terceiros, a tal máquina fazendo um fluxo de sangue direto de você para ela, até que você vê a paciente esboçar alguma ação. Ela parece balbuciar algo com dificuldade

Olho para ela e tento chegar mais perto para ver sele ela "fala" novamente

Quase não sai som mas dá pra ler os lábios dela... "Sol...", "Janela..."

Olho para a janela e se estiver fechada eu abro, se estiver aberta eu fecho, eu tento pelo menos

Está fechada. Tem umas persianas com blackout

Então lentamente abro as persianas e blackouts.

Ela começa a ter uns leves espasmos a medida que a luz a toca. A pele vai fosforecendo de forma local e se alastrando pelo resto do corpo.

Rapidamente fecho a cortina e olho para ela mega preocupada antes de ir até ela e falar
-Você está bem?
Pego na mão dela e tento sentir o pulso dela

Primeiros Socorros 16

Vrork efetuou 3 lançamento(s) de dados D6 :

5 , 5 , 3

Você põe a mão e tira rapidamente. Ela está pelando! Os marcadores dos aparelhos estão muito malucos e exibindo caracteres esquisitos.

Ela fala agora com a voz bem mais firme.

Clara escreveu:

Eu preciso da luz! Por favor, abre a janela!

Ela vai arrancando as sondas e desenrolando algumas ataduras.

Olho confusa para ela mas abro as cortinas novamente

Quando você abre bastante a janela os feixes de luz vão tomando uma forma nebulosa e se concentrando no corpo dela.

O que segue é algo assim:

Rapidamente me jogo atrás de alguma coisa para me esconder, um tanto curiosa e um tanto assustada

É como se aquele show de luzes fizessem seus olhos cerrarem ou algo assim. 

O teto e o chão ficaram escuros.

Você se sente meio entorpecida e vai se chegando pra trás mantendo os olhos naquela explosão que expulsa os aparelhos do corpo de Clara.

A luz do quarto se intensifica até explodir e lançar uma cascata de faíscas e chiado elétricos.

Você se senta no chão e coloca sua grande mochila à sua frente e, ainda sentada recua arrastando os quadris até encostar num poste de luz.

NUM POSTE DE LUZ?!

Dou um pulo e olho para o poste de luz
-Mas que porra aconteceu?
Olho ao redor tentando achar o hopsital

Quando você olha o poste faz outra constatação estranha, já é noite. Era um poste altíssimo com quatro luminárias no topo e haviam fileiras dele.

Você está na beira de uma estrada ao lado de um ponto de ónibus totalmente depredado e vazio.

O cheiro de fumaça de escapamentos está por toda parte, carros zunindo espaçadamente ao passar pelas pistas, o calor te faz suar...

Enquanto você olhava em volta para um ónibus sem passageiros exceto pela menina que desce no ponto.

Ela é loira, usa um óculos grande com lentes grossas, é uma cabeça mais baixa que você e está usando algo como uma jaqueta de lã preta só que se estende até os joelhos.

Me levanto lentamente e ando em direção a menina, confusa
-Ei, pode me dizer onde estamos?

???? escreveu:

Aqui é perto da Maré. Voshê pegou o ônibush errado?

Você percebe que elá está meio surpresa de te ver por ali

-Sim... não. Eu não sei bem o que aconteceu para falar a verdade
Ando até ela
-Qual o seu nome, se me permite saber.

Clara escreveu:

Ah! {pigarro} Shou Clara, prazjer!

Olhou pra você por de trás daquelas lentes e sorriu largamente mostrando seus dentes com aparelho.