O mercenário

Relembrando a primeira mensagem :

Depois do falatório do capitão Aaron vai dormir no quarto comum, afinal o seu camarote ainda está cedido para a elfa. 
Aaron dorme bem e acorda cedo. A maioria dos demais ainda dorme. A manhã raia tranquila e os primeiros raios de sol surgem pelas janelas do lado oposto do quarto

- Vou precisar da sua espada. E também do braço que a maneja tamb

- Vou precisar da sua espada. E também do braço que a maneja. Vamos caçar piratas. Se me ajudar ficarei em debito com você.
- Também preciso de mais uma coisa: Que conte meu verdadeiro nome aos presentes nesse navio e preste atenção à reação. Há um contrabandista nesse navio. Quase fomos presos pelo Emir por conta disso. Foi isso que fomos tratar no palácio. Consegui a liberação do navio em troca de piratas. Aceita me ajudar?

- Sabes agora meu verdadeiro nome, sabes que sou Ragnar Harold Rook, o Caçador de Piratas, Salvador de Donzelas, Matador de Orc, Caçador de Bandidos, Exterminador de Kobolds, Rastreador de Assassinos! E tudo o que sei sobre você é que sabe manejar bem a espada. Sei também que não se chama Jean, e que alguém oferece cinco miseras moedas por Frederick de Sigognac.
- Quem emitiu esse cartaz é um indivíduo poderoso, já que o encontrei em Yboriak, muito longe de Araterre, que suponho ser seu lar, Mounsieur Jean. Quem emitiu essa cartaz certamente não me queria a sua procura, ou não queria um profissional. Queria um principiante, um amador ou mesmo um sortudo que topasse com o senhor na esquina após ver esse cartaz em uma taverna qualquer.
- O que Frederick de Sigognac fez para valer tão pouco e mesmo assim ter que fugir? Qual risco você representa a mim? Esse é o meu preço, saber como posso confiar minha retaguarda a você quando estivermos em combate com piratas.

- Por isso o preço baixo sr Jean. Ele sabe bem que um profissional saberia de pronto se tratar de uma farsa. Eu caço criminosos, não inocentes. Quem sabe um dia, se eu tiver tempo, eu te ajude nessa questão, se eu ver por meus próprios olhos que você é de confiança. Deixe que eu mesmo falo com Bernolle sobre isso. Pelo visto não representamos riscos um ao outro, não?

Sem nada mais falar, ele aquiesce silenciosamente com a cabeça, concordando.

*entrego a Jean o cartaz e falo:

- Livre-se disso. Assegure-se de que ninguém veja.

Ele pega o cartaz, dá uma olhada. e guarda nas coisas dele.

- Se acha seguro guardar aí, é decisão sua. Eu destruiria. Espero que saiba defende-se caso alguém encontre.
- Vou tomar meu café. Me acompanha?

- Dê-me um minuto a sós e já o sigo.

- Tudo bem, aguardarei aqui fora.

* Saio da cabine de Jean e o aguardo.

Você sai da cabine e aguarda. Você percebe que muito marinheiros estão saindo do refeitório (no andar abaixo de vocês) e entrando no quarto coletivo (cuja parte inferior fica no mesmo andar que vocês estão) ou subindo para o convés acima. O barulho de passos acima já indica uma maior movimentação no convés.

Observo o movimento (usando conhecimento em marinhagem para tentar saber o que fazem) e aguardo por Jean.

Você ouve o estranho barulho da descarga (que já começa a ficar conhecido depois desses poucos dias no navio) e, pouco depois, Jean sai do quarto. E então, sem maiores comentários, segue para o refeitório 

(e imagino que Aaron o acompanhe).

O que você deduziu pelos barulhos é que a maioria já terminou suas refeições (se não todos) e que já estão preparando para recrutar os novos tripulantes. E deduz também que há uma boa possibilidade que já estejam recolhendo o desjejum.

- Senhor Jean conforme o combinado, deduzo que o Nerum preparou nosso desjejum, correto?

- Você quer dizer que terei que comer comida maculada pelas mãos imundas desses malditos kobolds asquerosos?

Ele dá de ombros.
-Eu não tive problemas com eles até o momento.

- Isso será uma questão de tempo... 
- Vamos ver se ainda encontramos Roque n refeitório.

Vocês chegam no refeitório e só o que encontram é uma mesa servida. Metade com comida de goblin e metade com comida humana.

Na mesa estão sentados 3 dos 5 kobolds, mais o goblin Naron, o monsenhor Baptiste e o pequeno Marinus, que foi encontrado clandestino e colocado pra trabalhar pela sua passagem.

Fiz um mapa aproximado do recinto
╞╡ = escadas
Ko = Kobold
GN = Goblin Naron
Ma = Marinus
MB = Monsenhor Baptiste
╠╗ = Cadeira Livre
CH = Comida Humana
CG = Comida Goblin
@ = um prato limpo ou com comida


.. = Espaço livre
-- = espaço obstruído (mesa ou parede)
(A escala é cada 4 dígitos = 1 metro)


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* Me sirvo com comida humana fazendo cara de nojo e me sento no ponto mais distante dos Kobolds

O monsenhor Baptiste comenta:
-Nos desculpem por ter retirado a mesa. Achávamos que todos já tivessem se servido. Já até iniciaram o recrutamento lá em cima. Mas não fiquem acanhados. Pode se servir. Ainda tem bastante.

- Tinhamos assuntos importantes para tratar!

Jean olha de leva para você, para o monsenhor, e volta a comer, com uma expressão sombria no rosto. Não aborrecido, apenas circunspecto.

Monsenhor se cala. Nem Marinus, nem Naron puxam assunto.

Por outro lado, a refeição não é silenciosa, pois os kobolds estão o tempo todo fazendo brincadeiras e provocações uns com os outros.

*Termino a refeição sem falar nada, mas com expressão de nojo.