Espectro

Relembrando a primeira mensagem :

A viagem até Tanmaril foi longa e cansativa, mas você chegou inteiro à zona portuária da colônia ao final de uma manhã de primavera.

Você se lembra da fila de registro de colonos no cais, que parecia quase totalmente formada por camponeses, comerciantes e outros trabalhadores normais em busca de pagamentos melhores.

O escrivão disse que você só precisava se apresentar ao Magistrado na cidade na manhã seguinte, então você foi treinar em um lugar isolado antes de ir para o Alojamento Temporário Masculino.

O meio-orc na recepção lhe disse para não arranjar problemas e não houve nenhum, pois ninguém puxou conversa no refeitório nem no quarto coletivo do Alojamento - deve ter sido a máscara, ou a voz... ou a combinação das duas coisas.

Você foi até a Taverna do Mão Leve aquela noite para tomar uma cerveja. O dono da taverna se aproximou e o cumprimentou, de algum modo já sabendo que você tinha se registrado como explorador. Ele ofereceu um lugar no andar de cima, que seria reservado para exploradores, mas você preferiu ficar num canto escuro do térreo, pois a parte de cima era iluminada demais para o seu gosto.

Apareceram alguns sujeitos no andar de cima: um anão, que já estava lá, mas saiu e voltou um tempo depois com uma mochila estranha (tinha uma roda presa na armação dela); uma minotaura enorme e mal-humorada; um sujeito careca com roupas estranhas (parecia ser um dos monges guerreiros que seu avô mencionou quando você era criança, de um país mais distante que o seu); um sujeito que aparentava ser um mago e parecia estar irritando a minotaura; e um outro sujeito, magro e usando um rabo de cavalo que não tinha nada que chamasse a atenção.

Você viu os homens no alojamento, mas não falou com eles. Eles pareceram não tê-lo notado - talvez porque você pegou a cama no canto menos iluminado do alojamento.

Saindo sozinho, você atravessou rapidamente as poucas milhas que separam a zona portuária do centro da colônia e terminou chegando bem antes da hora. Como o Magistrado também chegou cedo e estava livre, ele o atendeu logo.

-Como você deve se lembrar, sr.... -Olhando para sua Carta de Colonização - "Espectro", você tem de cumprir uma semana de trabalho voluntário para Colônia a cada ano em que está aqui registrado como explorador. Você não forneceu muitas informações, então só sabemos que é um arqueiro.

Ele para um pouco e olha você de alto a baixo, então continua:
-Arqueiro e se veste apropriadamente para se esconder em locais escuros. Estou certo de que será útil como sentinela na Ponte Partida. Há um destacamento da Torre Sul indo para lá hoje à tarde. Apresente-se lá até o meio-dia e vá com eles.

Em seguida, pega um papel, faz umas poucas anotações e o sela.
-Entregue a algum oficial lá na Torre Sul e ele lhe dá as instruções apropriadas.

Com algumas horas livres até precisar se apresentar à Torre Sul, você perambulou um pouco pela colônia e viu que ela está bem sortida de lojas, apesar de ter sido fundada há apenas seis meses.

[Se ainda precisar comprar alguma coisa, pode marcar na ficha]

(continua)

(A flecha ainda acertou a árvore)

-Treinos? Ah! então você não estava com problemas atrás de uma moita! Estava treinando! Pode deixar que não contarei nada a ninguém, desde que você pare de dizer que a besta é uma arma para moças!

Aponta para a árvore:
-E não abuse da sorte! Eu admito que você é bom, mas esse último tiro errou tanto quanto o meu segundo.

Enquanto pendura a besta no ombro e se volta na direção do acampamento, ele faz um gesto com a mão e diz:
-Vamos voltar para o acampamento. Já devem estar terminando de preparar o desjejum e partimos logo em seguida.

Sentiu o peso de sua arrogância ao bater da flecha na árvore, fora do seu alvo, teria que continuar seus treinos com humildade. 

- Quanto a isso, só mudarei de opinião quando ver algumas flechas em alvos móveis que não esperam você se preparar hehehe  


O aviso veio em boa hora, pois estava querendo partir. Não que fosse ansiedade, mas seu ritmo era outro, já estaria indo se não estivesse acompanhando eles. Sem falar no interesse em chegar ainda de dia e reconhecer o local onde irá passar os próximos dias. 

Iria pegar a comida e já se dirigir para próximo da onde o grupo continuaria o caminho, comendo lá fora de onde julgava estar a maior parte dos soldados

O destacamento termina de fazer o desjejum, desmonta o acampamento e segue viagem.

Perto do meio dia, faz mais uma parada curta para comer rações de viagem já prontas e descansar um pouco e então continua a caminhada.

Ao por do Sol, dá para escutar um barulho de água corrente. Muita água, mas ainda um pouco longe. Espectro ouve alguém comentando que é o rio Orestes e que a Ponte Partida já estava bem perto.

Pouco depois de escurecer, o grupo avista luzes vindas de uma construção imponente com uma torre de cada lado de um desfiladeiro e que, num primeiro momento, parece se estender de um lado a outro, mas que está com uma seção destruída perto do outro lado.

O sargento Griggs diz animado, para todo o destacamento ouvir:
-Para os que vem aqui pela primeira vez, esta é a antiga Barreira de Zeno, agora conhecida como Ponte Partida! Uma maravilha erigida por antigos construtores militares que servia ao mesmo tempo como fortaleza e ponte. Ela tinha uma passagem interna onde passavam duas carroças lado a lado, no nível do desfiladeiro. Também tinha alojamentos e outras salas no nível superior e, parece, alguns depósitos e calabouços no nível inferior.

Um pouco desapontado, continua:
-Ninguém sabe como ou por que, mas ela estava assim quando o Bloqueio acabou: com uma seção da passagem interna completamente destruída, bem como as salas superiores, mas aparentemente com parte das salas inferiores ainda transitáveis - pelo menos é o que parece, pois alguns orcas aparecem de vez em quando no Grande Depósito, que mantemos constantemente vigiado.

- A Ponte partida estava ocupada por alguns orcs, mas eles foram expulsos durante a retomada e agora tentam atravessar de tempos em tempos para o lado de cá, seja pelos níveis inferiores, seja pela parte exposta das ruínas quando estão se sentindo corajosos.

-Vamos! Devemos chegar lá a tempo para o jantar!

O grupo leva cerca de meia hora para chegar aos portão leste da Ponte Partida. Depois que o sargento se identifica para os guardas, o destacamento é autorizado a entrar e a se dirigir aos alojamentos (há pelo menos dois: um para as mulheres, outro para os homens).
As camas - beliches de dois andares -  mais próximas das lamparinas já estão tomadas pelos soldados que estavam lá, então só restam as outras, mais para os cantos.
Rapidamente, os soldados do destacamento vão tomando as camas mais próximas da claridade.

(Tem mais de um beliche completamente desocupado no canto mais afastado da luz - e da porta.)

Conforme foram se aproximando, foi notando e entendendo a importância do local que guardariam, uma fortaleza/caminho em meio a um desfiladeiro, único ponto de acesso e local onde grandes exércitos não fariam muita diferença pois a passagem era limitada. 

A história contada pelo sargento era interessante, um local na qual eles haviam se estabelecido mas não controlavam totalmente. Talvez fosse interessante dar uma investigada no tal arsenal e perceber algo que outros ainda não perceberam, como por exemplo o buraco pelo qual os orcs transitavam. 

No alojamento teve sorte, o bom e velho canto escuro estava disponível, afastado da porta o suficiente para não ser o primeiro a morrer em caso de uma invasão silenciosa. Pegou a cama mais afastada possível. 

Decidiu deixar sua sacola em sua cama, mesmo sabendo que curiosos poderiam olhar, mas como não tinha nada muito importante ali a deixaria, e iria procurar o sargento, para já se colocar a disposição para o trabalho e fazer uma solicitação pertinente ao seu treinamento.

Espectro deixa as coisas num dos baús que ficam junto das camas.

Quando vai procurar o sargento, descobre que ele está terminando de conversar com o capitão da Guarda da Ponte Partida. Terminada a conversa, e notando Espectro nas proximidades, como se estivesse esperando, o sargento pergunta:
-Deseja conversar alguma coisa, Espectro?

- Espectro vaga...  

Não que naquele primeiro momento fosse importante usar a senha por questão de segurança, mas era importante mostrar que estava cumprindo o que havia combinado, mantendo o profissionalismo e mostrar isso desde o primeiro instante. 

Esperaria pela resposta dele, para notar se ele ainda se lembrava. Caso não se lembrasse das palavras exatas mas que existe a senha, até poderia repeti-las. Caso respondesse corretamente, aí sim partiria para a proposta. Caso errasse ou se fizesse de desentendido, aguardaria em silêncio. 

- Senhor, gostaria que já começasse a fazer o reconhecimento dos andares inferiores? Não vejo necessidade em perder tempo, sou mais útil fazendo meu trabalho do que socializando com os outros soldados... 

- seria possível requisitar o uso de uma sala superior isolada ou permissão para sair pela manhã para os arredores? Preciso diariamente passar um tempo sozinho, algo que preciso fazer sem interrupções ou olhares curiosos, senhor. Não que seja algo perigoso ou vergonhoso, é apenas algo particular. 

-Céu... *hesita e completa, meio vacilante* negro?

Ele ouve seu pedido com atenção e então responde:
-Os soldados tem um período de tempo livre quando não estão em guarda, então não há problema em liberá-lo para fazer o que precisa.

Depois continua:
-Quanto aos andares inferiores, nós evitamos ir lá, pois o piso lá é particularmente instável e já perdemos alguns dos nossos no desfiladeiro. Montamos guarda no Depósito porque o piso de lá é firme e as outras passagens chegam por lá.
Se precisarmos, mandaremos algum grupo pequeno para lá, como fazemos de vez em quando, mas não vá andar por lá sozinho!

-Ah! Não há lugar muito isolado por aqui, mas você pode se isolar na mata, aqui no lado Leste do rio.

Seu apelo quanto ao tempo estava garantido, poderia ter um pouco de privacidade naquele local lotado, entretanto sua sugestão sobre sua atuação não foi bem vista, talvez descrença quanto a suas habilidades, um medo de perder soldados. Não custava nada lembrá-lo do óbvio. 

- Entendo a preocupação senhor. Contudo, sou um descartável. O senhor é responsável pelos seus homens e eles lhe devem obediência, com o senhor para guiá-los. Mas sou apenas um aventureiro temporariamente sob seu comando, talvez daqui a quinze dias já tenha até esquecido desse meu rosto. 

- Compreendo os riscos do local e justamente por isso me ofereço, pois devo ser um dos melhores desse forte quando o assunto é se esconder e preservaria a vida de meus colegas. 

- Se sua decisão for decisiva, apenas irei respeitá-la e seguir as ordens, senhor.  

Não conhecia muito sobre formas de lidar com superiores do exército, até poderia estar sendo rude ou insubordinado por insistir por falta de traquejo social, mas nesse ponto tinha razão, queria mostrar o que realmente poderia fazer e não apenas ficar com o básico como qualquer um ali...

O sargento Griggs solta um misto de resmungo com suspiro e diz:
-É bem verdade que, do ponto de vista da Guarda Colonial, você é descartável e eu aposto que você quer ir lá embaixo, mas eu o tenho sob meu comando por uma semana e não gostaria de perder um arqueiro logo no início desse período.

-Vamos fazer o seguinte: você fica longe dos andares inferiores nos primeiros 4 dias, a não ser que eu ordene. Depois disso, você pode até dar uma olhada por lá. Está bem?

-Esta noite, o destacamento da Torre Oeste faz seu último dia de vigia nesta rotação, pois eles voltam amanhã para a Colônia. O turno do meu destacamento, juntamente com sua contagem de sete dias de serviço na Ponte Partida, também começa amanhã.

-Como você parece gostar das sombras, vou alocá-lo para o turno da noite que vai das seis da tarde até a meia noite. Cada soldado faz um turno de vigília de duas horas - no período meia noite às seis da manhã - a cada dois dias.

-Você começa seu turno regular e seu turno de vigília amanhã, então esteja descansado quando começar, pois pode ser que você precise emendar os dois. Como você não é um soldado e não deve conhecer nossos protocolos de manutenção, faça o que bem quiser com seu tempo livre, mas -repito!- não vá aos andares inferiores antes do quinto dia e não atravesse para o outro lado da parte quebrada, mesmo que seja pela parte externa.

E finaliza:
-Você está livre até o turno da noite de amanhã, no topo do lado de cá. Se não tiver nenhuma dúvida, está dispensado.

[Role o tempo de treino para o dia seguinte e defina se vai fazer algo até lá. Se não for fazer coisa alguma além de treinar, avise para eu continuar]

[Pretende fazer alguma coisa no mesmo dia ou no outro dia - além do treino - antes do turno de guarda?]

Apenas concordou com o sargento, como seu superior ele teria que obedecer, mas parece que ele havia cedido um pouco e lhe daria a oportunidade de explorar o local, contudo, não agora. No momento estava liberado, então apenas iria fazer sua refeição e dormir.

Pela manhã, seguiu a sugestão do sargento e foi para fora do forte, para treinar. Seu treino entretanto não estava rendendo, estava inquieto e indisciplinado, errando por vezes coisas simples e sendo obrigado a recomeçar. Pode ter sido por causa da ansiedade de explorar o lugar, mas provavelmente era por causa da flecha que errou, ainda insatisfeito com o resultado.

Acabou demorando mais do que o planejado, mas conseguiu terminar e retornar ao forte, para se preparar para o seu turno. Evitaria ficar andando por ele, preferia ficar em um canto que tivesse uma boa observação sobre o lugar, em silencio, apenas visualizando. Observando o local, sua rotina, as pessoas, mas sem intervir. Para si mesmo, era um treinamento separado, "ser uma sombra", sempre presente mas indetectável e facilmente esquecível.

Espectro passa a tarde observando a movimentação no forte.

Nada de particularmente emocionante acontece no período, mas, envolvido pelas sombras num canto escuro do Grande Depósito, ele vê Andre passar, perguntando a algumas soldadas que montavam guarda ali se alguém tinha visto Espectro ("Quem?" "O arqueiro mascarado"). Diante da negativa, ele sai.

Depois disso, uma delas, humana, comenta com as outras:
-É muito estranho um sujeito ficar o tempo todo de máscara, mas eu vou confiar no sargento sobre ele não ser uma ameaça a nós.

Outra dispara:
-Aposto que ele é feio.

E Gorna, a meio-orc, encerra o assunto dizendo:
-Do que você está falando, Silla? Vocês humanos são todos feios!

E elas riem, mudando de assunto depois. Como parece ser a primeira vez delas na Ponte Partida, a conversa não revela nenhum detalhe útil sobre o local.

A tarde avança e, durante um momento em que está se deslocando, Espectro encontra Andre, que lhe diz:
-Onde você estava? Procurei você por toda a parte!

Sem esperar resposta, emenda:
-Tenho uma ótima notícia: nós vamos ser colegas no turno da noite! Assim talvez tenhamos uma oportunidade de ver como nossas armas se saem contra oponentes de verdade! Ah! Acho melhor ir jantar logo, pois nosso turno começa em uma hora. Você me acompanha?

Sua observação naquele dia não rendeu nada significativo até o momento, apenas que tinham uma certa desconfiança sobre ele e um receio, o que era bom para ele, quanto menos soubessem e menos se interessassem, menores a chances de curiosos ficarem bisbilhotando-o e maiores as chances de falarem sobre ele.

Constatou apenas o obvio: fêmeas são fúteis, ficam mais preocupadas com aparência do que capacidade. Havia visto Andre procurando-o, mas decidiu permanecer sem contato até mesmo para ver o quão observador ele poderia ser. Infelizmente, mostrou-se não ser dos melhores.

Citação :

-Onde você estava? Procurei você por toda a parte! 

-Tenho uma ótima notícia: nós vamos ser colegas no turno da noite! Assim talvez tenhamos uma oportunidade de ver como nossas armas se saem contra oponentes de verdade! Ah! Acho melhor ir jantar logo, pois nosso turno começa em uma hora. Você me acompanha?

- Estava ocupado em um trabalho... Irei daqui a pouco, preciso ir no alojamento primeiro. Pode comer sem mim... E não ficaria tão empolgado, parece que as coisas estão muito calmas hoje.

Falou ele dando uma despistada. Realmente iria passar antes no alojamento, conferir suas próprias coisas rapidamente, mas sua ida era principalmente para que quando fosse comer, não houvesse uma platéia o observando.

Espectro consegue comer em paz, pois Andre já tinha saído e os demais não pareciam ter interesse em se aproximar.

Logo em seguida, seu turno começa, algum tempo antes do pôr do sol. Olhando pela beirada da muralha no topo da Ponte, dá para ver o rio Orestes, com suas águas escuras correndo velozmente no fundo do desfiladeiro, dezenas e dezenas de metros abaixo.

Os guardas se acomodam atrás de barreiras de madeira grossa na área intacta do topo no lado Leste. A pequena área intacta no topo do lado Oeste está vazia e fica a cerca de 50 passos das barreiras.

Junto com Espectro e Andre, há mais uns nove soldados de guarda no turno da noite, metade deles com bestas e todos com alguma arma de curto alcance. Vários com escudos presos às costas. Parte dos sentinelas parece ser da guarda permanente da Ponte; entre estes, há uns dois com arcos.

O turno da noite segue tranquilo, com Andre contando umas velhas histórias de caça durante o período.

As duas horas de vigília de Espectro também seguem tranquilas, apesar da tensão visível em alguns soldados: pelos comentários de alguns membros da guarda permanente, os inimigos preferem atacar depois da meia-noite - talvez por isso o total de sentinelas no período seja maior do que nos turnos regulares.

Também esse período passa sem eventos dignos de nota. Espectro e os outros sentinelas saem para descansar assim que os sentinelas do turno seguinte chegam.

E assim termina o primeiro dia de Espectro guardando a Ponte Partida.

[Depois de descrever ações - que podem se referir à noite do primeiro dia - role o tempo de treino e diga o que pretende fazer no segundo dia]

Tempo de treinamento

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5

A noite da guarda foi tranquila, sem nenhum fato relevante. Preferiu ter seu tempo ali para observar atentamente o local, ver até onde seus olhos acostumados com a noite permitiriam enxergar, procurando pontos que viesse precisar utilizar em caso de ataque e locais a se evitar. 

É assim passou a noite, ocupando-se em seu reconhecimento do lugar e quando menos esperou, já estava na hora da troca de guarda. 

Demorou um pouco para dormir pois ainda estava agitado, tendo novamente refletido em seu treinamento no dia seguinte, havendo pensamentos tais como "contratado para proteger pedras" e "usar as mulheres como isca" acabavam vindo sem aviso, tirando seu equilíbrio. 

Novamente demorou um pouco mais o treinamento, mas já menos do que o primeiro dia ali. Como havia combinado, reportou ao sargento sobre a noite, descrevendo o local a partir do que pode observar e constatar.

Após o relatório, iria proceder como o dia anterior, escondido bem de baixo do nariz de todos. Para ele, era relaxante ficar sozinho, nas sombras, além de ser um treinamento pessoal para aprimorar ainda mais, discretamente saindo apenas para o almoço.

Após a descrição do local, o sargento comenta:
-É assim mesmo a Ponte Partida. Aposto que você acha uma perda de tempo ficar de guarda por aqui, mas nem imagina o trabalho que deu para expulsar os orcs deste lado depois que acabou o Bloqueio de Tanmaril. Foram seis meses de muitas batalhas até poderem começar a construir a colônia.

-Para você não ficar tão entediado, vou alocá-lo para a barreira no Grande Depósito hoje e amanhã - e também no turno de vigília de amanhã. Se houver algum problema, creio que você será mais útil lá, já que os besteiros levam tempo demais para recarregar e as distâncias lá em baixo são bem menores, então eles tem de sacar logo suas armas de curto alcance depois do primeiro tiro se houver um ataque.

O turno da noite segue tranquilo. Desta vez, sem Andre para puxar conversa. O contingente de soldados no Depósito é similar ao que fica em guarda no topo da muralha. Chama a atenção um guerreiro com uma armadura de metal pesada e uma grande espada de duas mãos que os demais parecem tratar com grande respeito.

Observando durante algum tempo, Espectro descobre que seu nome é Vryce e ele é um dos sargentos da Guarda Permanente da Ponte Partida.

Nada acontece na segunda noite.

Teste de tempo de treino 

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6

Realmente não entendia muito sobre estratégia e o valor que tal ponte pudesse ter, mas pelas palavras do sargento se tratava da porta do inferno e eles eram os porteiros que não deixavam ninguém sair. 

O que falou sobre o alcance também havia sentido, pois pode perceber quando atirou com André o quão demorado poderia ser todo o preparo da arma e evitar um confronto físico era uma forma garantida de vitória, ou pelo menos assim pensava pois ninguém comentou o fato dos orcs usarem arcos ou bestas. 

Na segunda noite, principalmente por estar em um local novo, repete o procedimento do dia anterior, observando o local, vendo os pontos que preferiria e os que evitaria, percebendo que se tratava de um local de espaço limitado. 

Conheceu outro sargento, um que parecia se preocupar mais com combates próximos, mas não sentiu necessidade e nem o sargento sentiu de se falarem. Durante seu turno e o turno extra não teve problemas. 

Dormiu o necessário e seguiu para seu treinamento discretamente, treinando mais que o normal por conta própria pois percebeu que em um espaço como aquele, não poderia haver erros, tinha que estar preparado. 

Após ter treinado e se alimentado, iria procurar André. Caso o encontrasse, iria propor o seguinte, já pensando num local de treino de uso comum, uma vez que não precisaria manter tanto segredo assim. 

- Eu disse que lhe ajudaria a treinar e cumpro com minha palavra. Pegue sua besta e um arco, vamos treinar e ver se melhoramos sua pontaria Hehe

Andre responde:
-Não creio que possa me ajudar a melhorar minha pontaria com a besta, senão como colega de treino.

Em seguida, sorri dizendo:
-Eu sabia que você não era tão antissocial quanto parece! Espere só um instante e vamos treinar.

Ele vai até o arsenal e volta com um arco uma aljava.
-Se quer me ajudar, me ensine a usar um destes. Embora seja menos poderoso que a besta, o arco é bem mais rápido.

Citação :

-Não creio que possa me ajudar a melhorar minha pontaria com a besta, senão como colega de treino.

-Eu sabia que você não era tão antissocial quanto parece! Espere só um instante e vamos treinar.

- Não abuse da sorte...

Ficou em silêncio logo depois, tendo a mascara coberto sua expressão de poucos amigos ao ouvir aquelas palavras. Queria sim que Andre fosse efetivo, como um aliado que pudesse lhe dar cobertura e ser mais util do que apenas uma isca, mas isso não significava que queria cantarolar numa fogueira ou dividir histórias do passado...

Aguardou o retorno e percebeu que finalmente estava mudando de ideia sobre armas de longo alcance, sendo agora ele quem iria fazer o deboche.

- Finalmente minhas palavras estão entrando nessa cabeça dura... hehehe Vamos logo

Visto que ele ja estava com as coisas, poderiam ir para alguma área treinar. Poderia ser em um pátio ou área que tivesse espaço e não destruiriam nada. Caso não encontrasse, do lado de fora poderia ser um bom ponto também. Independente de onde fosse, iria determinar um alvo e pegar uma pedra, perguntando a ele:

- Se eu jogar essa pedra para o alto, quantas flechas você consegue atirar antes que ela caia no chão?

Iria joga-la logo depois de falar, insentivando a surpresa, jogando-a um pouco alto, o suficiente para que pudesse contar até 3 pausadamente, vendo como ele lidaria com o desafio.

Andre e Espectro terminam indo treinar do lado de fora da Ponte partida, perto do local onde aconteceu a disputa de pontaria no outro dia.

[Assumindo 3 segundos e Andre já começa com uma flecha preparada]

Andre prepara o arco e espera Espectro jogar a pedra.

Assim que a pedra é lançada, ele atira a flecha para longe, sem mirar em qualquer local específico - mas visivelmente desajeitado.

Em seguida, saca mais uma flecha (sem Fast-Draw) e termina de preparar o arco para mais um tiro quando a pedra cai no chão.

-Quase dois tiros. Não foi tão devagar assim! Mas não estou acostumado com arcos.

E fica esperando uma reação.

[isso mesmo, seriam uns 3 segundos mesmo]

Observou o rapaz tentar atirar com seu arco, vendo que ele conseguiu a primeira pois ja estava pronto, mas a segunda demorou para preparar, conseguindo apenas 2 disparos naquele intervalo de tempo. Algo relativamente normal. Entretanto, ele não era um "normal"...

Sem falar nada, pegou seu arco com a mão esquerda e pegou a pedra com a direita, deu uma olhada no alvo e soltou um breve suspiro, jogando-a para o alto, mais ou menos como antes, mas dessa vez ele que iria atirar 3 flechas e mostrar como se atira.

Fast draw NH 15
Bow NH 17 +3 acc 

Fast-draw 1

Espectro efetuou 3 lançamento(s) de dados D6 :

6 , 1 , 5

Flecha 1

Espectro efetuou 3 lançamento(s) de dados D6 :

6 , 5 , 2

Fast-draw 2

Espectro efetuou 3 lançamento(s) de dados D6 :

4 , 6 , 1

Flecha 2

Espectro efetuou 3 lançamento(s) de dados D6 :

5 , 4 , 3

Fast-draw 3

Espectro efetuou 3 lançamento(s) de dados D6 :

5 , 4 , 6

Flecha 31

Espectro efetuou 3 lançamento(s) de dados D6 :

5 , 3 , 2

[Para preparar as flechas na mesma rodada, tem de rolar Bow-3 - não soma o ACC, mas você passou em todas. Em seguida, faz a rolagem de ataque, também -3 (mas aqui soma o Acc normalmente). Como você só fez uma rolagem, simplesmente assumi que atirou para longe, sem se importar onde, já que o foco era na velocidade, não na precisão.
Resumindo: para sacar e atirar na mesma rodada: saca com Fast-Draw (Arrows); prepara com Bow-3; e atira com Bow-3+Acc-demais penalidades]

Andre fica boquiaberto com a velocidade dos disparos de Espectro e, depois de um tempo, diz com um sorriso:
-Exibido! Eu nunca vou atirar tão bem com um arco, mas acho que você pode me ajudar! Que tal me ensinar a sacar flechas rápido desse jeito?

-Se eu usar uma besta mais fraca do que esta aqui, posso dispensar o pé de cabra e engatilhar com a mão mesmo. Assim eu poderia engatilhar a besta e depois sacar e preparar a seta no tempo de uma jogada de pedra. E atiraria logo em seguida.

-Você vai dizer que é bem mais mais lento que um arco - e isso eu não discuto -, mas eu atiro bem melhor com a besta e mesmo com uma mais fraca, aposto que ainda dá para atravessa facilmente uma armadura de escamas de metal ou cota de malha.

-O que me diz?